terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A importância da Gratidão.

"A gratidão aumenta o seu êxito exponencialmente, pois toda a gratidão constitui uma emoção de elevada energia. Escreva todos os dias num livro de gratidão ou agenda diária, a gratidão que sente pelo que é bom e pelo que não é assim tão bom. O que não é tão bom está simplesmente a indicar onde é necessário colocar mais pensamento e acção. Como tal, considere qualquer obstáculo como boas notícias, sinal de que está a avançar. Esteja atento à emergência de antigos padrões (que causam as tais coisas menos boas) e mude-os à medida que avança. (...)
A gratidão é um sentimento expansivo que abre a janela da alegria e da manifestação. Esteja grato pela luz do sol, pelas aves que cantam, pelo seu lar, as suas competências, as pessoas especiais da sua vida. Pergunte a si próprio 'por que coisa estou grato neste momento'? (...)"

Devo admitir que sempre detestei livros de auto-ajuda, todos os que tentei ler ou comecei a ler causavam-me repulsa. Apesar deste livro não ser considerado "auto-ajuda", a forma como algumas coisas são escritas faz mesmo lembrar um livro de auto-ajuda. No entanto, devo dizer que este livro é... diferente. Tem-me ajudado, de facto, a encarar as coisas de forma diferente, quando eu acho que nada é bom.

Ultimamente, por exemplo, achava que tinha andado numa onda de azar, porque num espaço de duas semanas, coisas menos agradáveis aconteceram. No entanto, tenho de admitir que são mais, muitas mais, e lembro-me de tantas que nem consigo lembrar-me de todas, as coisas pelas quais devo estar grata. Mas claro que tendemos sempre a focar-nos no que não corre exactamente como queremos, do que naquilo que já está a correr super bem, ou até melhor do que alguma vez esperámos. No fim, cheguei à conclusão de que até estes "pequenos azares" que achava que estava a ter, se tornaram em coisas boas, ou em coisas que me permitem ir atrás de coisas melhores, ou coisas que significam que coisas melhores estão a acontecer neste exacto momento, e outras melhores estão para vir. Porque, aliás, se é azar ou sorte, somos nós que definimos, pela forma como olhamos para esse "azar" ou para essa "sorte".

Sim, sou pessoa de acreditar em Karma, em energias, no poder da mente, das palavras e da visualização, e já tive muitas provas de que realmente funciona, se quisermos. O mundo é apenas aquilo que percepcionamos, aliás, o mundo só existe porque o percepcionamos: será que o mundo, tudo o que conhecemos, tudo o que está à nossa volta, existiria sem alguém para o percepcionar?

Voltando à questão da gratidão: se há coisa pela qual estou grata neste momento e sempre estarei, é mesmo pelas oportunidades que a vida sempre me deu (a vida, e as pessoas que se cruzaram no meu caminho), e a minha capacidade de não deixar passar nenhuma oportunidade que vejo que me faça crescer enquanto pessoa, e que me faça, a cada dia que passa, uma pessoa mais feliz do que aquilo que já sou.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Da importância de estabelecer objectivos claros.

"Anotar objectivos constitui um dos modos mais concretos de dar início à manifestação dos mesmos, pois a sua mente está directamente unida ao seu corpo e um registo físico fixa-os nos seus ficheiros de armazenamento inconscientes. (...) A acção é a ponte entre os sonhos e a realidade. Pode ser desconfortável durante algum tempo,mas nem sempre é confortável crescer, por isso acolha esse sentimento. (...) As pessoas bem-sucedidas são exactamente iguais a si, excepto pelo facto de possuírem uma estratégia diferente. Planeiam e empenham-se no seu plano, na expectativa do êxito, prontas a mudar e a adaptar-se à medida que prosseguem. As pessoas bem-sucedidas cometem 'erros' com frequência, e utilizam-nos como feedback para lhes mostrar aquilo que necessitam de saber e que não saberiam de outro modo.Com efeito,quanto mais rápida e frequentemente for pela via incorreta, mais rapidamente poderá obter resultados extraodinários! (...) Para conseguir realmente que as coisas sucedam, convém estabelecer o seu rumo em direcção a um objectivo ou local específicos. (...)"

Os meus objectivos de vida (não estão por ordem de prioridade)

  • ser rica / viver sem preocupações financeiras
  • viajar MUITO (um país/cada mês)
  • viver com o amor da minha vida - ainda que isso implique mudar de país, criar um novo estilo de vida, aprender uma língua nova
  • ser independente aos níveis: financeiro, psicológico, emocional
  • concretizar os meus projectos, que surgem sempre com as novas ideias que tenho constantemente
  • ter sempre saúde
  • continuar a ter sempre as minhas próprias ideias
  • continuar a ser uma pessoa que se adora a si mesma, que se auto-elogia múltiplas vezes por dia, que tem confiança em si mesma, que pode e consegue tudo o que quer se fizer por isso - o melhor sentimento!
  • fazer uma diferença positiva na vida das outras pessoas, sempre as elogiando como me elogio a mim mesma , relembrando-as de como são pessoas fantásticas
  • deixar a minha marca no mundo
  • auto-realização.
"A clareza dos objectivos é a sua passagem para as estrelas. O eu inconsciente confia nas palavras que utiliza, consigo próprio e com os outros, para compreender aquilo que deseja como sua intenção."

É importante começar a agir AGORA. Já tinha dito, anteriormente, que a minha vida precisava de mudanças, drásticas, e que este ano, este meu regresso (regresso em muitos mais sentidos para além daquele de ter simplesmente voltado (link)), foi uma realização para definir que mudanças são essas (link), que objectivos são esses, que planos de acção devem ser tomados, por que pequenos passos posso começar, já hoje. Sinto-me bem mais elucidada, consciente, focada naquilo que quero e pronta para realizar essas mudanças.

sábado, 24 de novembro de 2012

Tempo de Mudanças – drásticas // Mudanças Precisam-se

Sempre que penso em que ponto se encontra a minha vida neste momento, sempre que páro para reflectir, sobre o passado, o presente e o futuro – e faço-o muitas vezes - o meu referencial é o ano que passei em Amesterdão. É sempre como era antes e como é agora, depois. É sempre antes-Amesterdão e depois-Amesterdão. E, geralmente, tende sempre a ser uma comparação negativa, que voltar foi mau, foi um passo gigante atrás na minha vida depois de ter vivido, experienciado e crescido tanto, que é uma re-adaptação, e até mesmo que significa voltar ao normal, voltar a ser quem era e a viver a vida que vivia, o que tem uma conotação menos boa, porque, lá está, o ano em Amesterdão foi um “upgrade” à minha pessoa em todos os sentidos possíveis e imaginários.


Porém, ultimamente, tenho-me deparado com uma perspectiva um pouco diferente dessa. O facto de ter voltado não tem de significar um passo atrás, mas sim apenas a segunda parte do processo de mudança que se iniciou há (um pouco mais de) um ano. Que a evolução é contínua, que as descobertas e as aprendizagens continuam a ser constantes, que a cada dia que passa desperto mais e melhor, que estou mais focada e mais consciencializada do que me rodeia, e tenho mais a certeza do que quero, e do que tenho de fazer para obtê-lo, e os meus horizontes se abrem cada vez mais.

Sinto-me em plena fase de transformação, mas sobretudo, sinto que a minha vida precisa de mudanças ainda maiores. Sinto esta urgência em mudar, em ir mais longe, em fazer melhor, em perseguir o que me faz feliz, ou o que agora acho que me irá fazer mais feliz (e mesmo se não fizer, com o tempo irei descobrir). Tenho esta vontade imensa de continuar, uma aversão horrorosa à estagnação, ao conformismo, ao achar que “é isto, e a vida nada mais tem para me dar”, e “pronto, agora voltei, voltei a viver debaixo das saias da mamã, no conforto e no quentinho, não saio mais daqui”. Que horror!!!!!!

Uma das razões que me levam a escrever isto, entre outras, é o de que estou farta de depender dos meus pais. Eles fazem, fizeram e fariam tudo por mim e para me ver feliz, é certo, mas ao mesmo tempo, sinto, muitas mas mesmo muitas vezes, que por isso mesmo eles me têm sobre controlo, de certa forma tenho a sensação que lhes devo algo constantemente, sinto que eles acham que podem tomar parte das minhas decisões precisamente porque me ajudaram a ser o que sou hoje e a pensar como penso hoje. Mas na realidade, a ideia de continuar a ser uma menina de sorte e protegida pelos meus pais, por exemplo, aterroriza-me. Estou a detestar esta dependência, em todos os sentidos, não só física (essa é a que quero acabar primeiro) como emocional e psicológica. Eu amo os meus pais, mas depois de ter provado a liberdade e a independência, não quero outra coisa. Eu amo a minha mãe, mas a voz dela cada vez me irrita mais sempre que me pergunta se já jantei, o que vou jantar e quando vou jantar; eu sei que ela o faz apenas por pura preocupação e até me sinto mal por dizer isto, mas irrita-me! Penso que já tenho idade suficiente para decidir o que vou jantar, quando vou jantar, e até se vou jantar. Eu amo o meu pai, mas cada vez me irrita mais que ele quase me proiba de sair de casa à noite; mais uma vez, sei que é por preocupação e amor, mas eu acho que já tenho idade suficiente para que não me diga, todos os dias “não quero que saias à noite”. Estas são coisas pequenas que não têm importância nenhuma, no fundo: eu acabo por jantar quando quero e não quando a minha mãe diz, e se me apetecer, vou muito bem sair à noite. Mas estes exemplos pequenos são coisas que se propagam para coisas, situações e decisões maiores. O que fazer com a minha vida daqui para a frente, agora que estou a acabar a licenciatura? Eu tenho montes de ideias e planos, mas sou eu que decido? Claro que não. Segundo os meus pais, eu tenho de fazer isto, isto e aquilo, assim, por esta ordem, porque é o melhor para mim, porque eles sabem o que é melhor para mim, e porque assim é que é “bem feito”.  E depois ainda me dizem que é para meu bem. Claro que é, nunca duvidei de que eles apenas querem o meu bem, mas nesta altura da minha vida, eu quero poder decidir o que é bom ou não para mim. Eu sei que vou sentir falta, um dia, disto: de ter alguém que me pergunte quando vou jantar, ou de ter alguém a quem ligar quando tenho um problema que, depois de tentar resolver sozinha, não consegui (senti muita falta disso quando estive em Amesterdão, de ter de me “desenmerdar” sozinha quando ainda faltava uma semana para acabar o mês e o dinheiro já tinha ido todo, mas por uma questão de orgulho, recusava-me a ligar aos meus pais para pedir mais). Mas por agora, quero libertar-me disto à força toda! Estou mesmo farta, farta, desta sensação de ter de depender dos meus pais a nível financeiro (maioritariamente, os trabalhos que vou arranjando obviamente não dão para subsistir independentemente a nível completo), cada nota de 10 euros que a minha mãe me dá é uma facada no coração. Prefiro ficar com fome o dia todo e esperar por chegar a casa para comer. Prefiro não comprar roupas novas, nada de novo. Prefiro tudo isso a ter de pedir dinheiro aos meus pais. Dói-me mesmo. Não sei de onde veio este orgulho todo, dantes não me importava nada, pelo contrário, quase que exigia uma quantia considerável todas as semanas, agora, isso mudou completamente, peço só mesmo o mínimo necessário e indispensável à sobrevivência e é se não conseguir mesmo ganhá-lo de forma autónoma. Eu quero MESMO perseguir a minha independência, quero MESMO deixar de ter a sensação constante de que nada é meu , nada realmente foi ganho por mim, e que tive tanta sorte em muitas coisas por ter os pais que tenho. É como eu digo: eu amo-os, sei que eles me amam a mim, sei que fizeram tudo por amor, sei que continuariam a fazer, sei que poderia ficar a viver com a minha mãe até aos 30 e ela nunca se iria importar, pelo contrário, mimava-me. Mas é isto que eu não quero.  É esta liberdade física, financeira, e emocional, que eu quero, cada vez mais, perseguir e alcançar num prazo máximo de 2 anos.

Se me vou dar bem? Não sei. Posso dar-me mal e chegar ao fim do mês sem ter dinheiro para pagar a conta do gás. Mas não é esse o preço da liberdade? Prefiro ser pobre, ter condições mínimas para viver, ter muito pouco,mas o pouco que tiver, ser meu e ter sido eu a ganhar e a construir, em vez de ter tudo e esse tudo ter sido dado. Como tenho agora, aliás: uma casa fantástica com um andar inteiro só para mim, todas as contas pagas ao fim do mês e de vez em quando umas prendinhas monetárias dos meus pais, mas que no fundo nada é meu. Sim, claro, vou aproveitar as regalias enquanto posso, enquanto estou a estudar, pelo menos na Licenciatura, tenho aproveitado porque sei que um dia farei o mesmo com os meus filhos, mas também sei que um dia eles irão querer libertar-se, e é isso que está a acontecer comigo agora.: eu quero libertar-me porque todas estas regalias, que tenho sempre tido, fazem-me sentir dependente e, de certa forma, até um pouco aproveitadora.

Eu quero mais e mais e mais, a cada dia que passa, ir, sair, explorar, sair debaixo das asas dos meus pais, correr atrás da minha independência, bater com a cabeça no chão, cometer erros estúpidos, arrepender-me, cair, levantar-me de novo, tornar-me numa pessoa mais adulta e melhor.
Quero poder mostrar aos meus pais como me tornei uma pessoa independente, como eles podem contar comigo e com a minha ajuda em vez de ser sempre ao contrário, mostrar que está na hora de retribuir tudo o que fizeram por mim.

Esta foi uma das principais realizações desde que voltei a Portugal. Nunca tinha pensado desta forma, comecei agora. Considero uma mudança positiva, uma mudança de pessoa que se transformou e cresceu, e ainda quer crescer mais.

É como digo: ter voltado não tem de ser necessariamente mau. Claro que toda a novidade e loucura da vida Erasmus acabou, claro que agora a minha vida é normal, mas permitiu-me reflectir acerca de como quero que ela seja daqui para a frente. E, ao contrário do que aconteceu imediatamente a voltar, agora, sim, tenho umas ideias bem mais claras e até planos de acção bem definidos. Mas, o mais importante, estou cheinha de vontade e motivação  dentro de mim. Estou muito mais focada e empenhada em "moving forward" do que alguma vez estive.

Estas mudanças de forma de pensar manifestam-se em muitos outros aspectos, sobre os quais vou escrevendo, mas neste caso específico eu, pela primeira vez, estou seriamente a considerar "sair de casa". Ou "sair da casca".

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Experiências que mudaram a minha vida #4

I feel so in contact with myself. My senses are so keen, like rubbing my hands against each other or even feeling the pen slide on this piece of paper while I write, or feeling my heart beating and every inch of my body so full of LIFE, is everything such a new and pleasant experience. I, now, love to be myself, love to have my spirit on my body, just like it is.

"And it's just piece, like a zero-zero-zero coordinate, balance, just feel the balance, of the natural state we're in, that has such a happy connotation."

Escrito algures no Jardim da Estrela, a 19/11/12

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Experiências que mudaram a minha vida #3

"Ontem à noite fui ver INNI, Sigur Ros, uma espécie de documentário/gravações de concertos que eles deram e da história deles enquanto banda. Escusado será dizer o quão LINDO foi... :) Arrepiei-me toda SÓ com isto, nem quero imaginar como será quando finalmente tiver a oportunidade de os ver ao vivo, mesmo a sério. Acredito que essa oportunidade algum dia virá :D 

Mas o que queria partilhar, aqui, acerca deste momento, foi mesmo o pensamento que tive enquanto estava na fila à espera para entrar. As portas nunca mais abriam, e estava um frio de gelar. 10 minutos, 20 minutos, 30 minutos... Nem parecia que estava na Holanda, mas sim em Portugal! ahah. Uma rapariga foi à porta, falou com alguém e voltou para trás muito contente e a dizer "goed, goed" (significa "good, good"). Automaticamente a minha interpretação para o que ela disse foi que estavam quase a abrir as portas. Mas não. Mais 10 ou 15 minutos se passaram... Foi então que tive o pensamento: e se a minha interpretação da reacção da rapariga tivesse sido errada? E se ela estava, apenas, feliz por outra coisa qualquer? Pode ter recebido uma chamada telefónica animadora, pode ter recebido uma chamada de um amigo que estava a chegar, uma surpresa agradável... qualquer coisa podia ser. Ao mesmo tempo, atrás de mim, estava um grupo de pessoas a falar muito animadamente, sobre viagens e tudo o mais; pelo que percebi, 2 holandeses, um alemão e alguém que ia viajar para Nova Iorque na próxima semana... Como é irresistível, estar numa fila sozinha (sim, fui sozinha, queria mesmo ver este film screening), com pessoas a falar sobre viagens e histórias interessantes em inglês, uma pessoa acaba sempre por ouvir; fiz as minhas interpretações, imaginei imediatamente histórias, memórias, imagens daquelas pessoas em sítios completamente diferentes... E agora, ali estavam, na mesma situação que eu, à espera que as portas abrissem. O que me levou ao meu segundo pensamento, o qual levou algum tempo a processar mas que me levou à seguinte conclusão: a cada segundo, milhares de vidas, histórias e memórias se cruzam... O que, por sua vez, leva a interpretações cruzadas... Eu interpreto as acções e palavras dos que me rodeiam, sejam conhecidos ou não, seja na universidade, no café, no tram, numa discoteca, num grupo de amigos, de uma forma muito única e minha, tal como toda a gente... Fiquei presa nesse pensamento durante toda a noite. Mais tarde, na coffeeshop onde me encontrei com a Andreia, o Marcel e a Laila, contei-lhes sobre o meu pensamento e mais tarde, já no tram de volta para o campus com o Marcel, contei-lhe sobre o meu pensamento, e fomos ainda mais fundo no assunto. Matematicamente falando, disse eu, o número de interpretações cruzadas e consequentes "conexões únicas" possíveis é quase infinito... para obter um número mais exacto, todas as pessoas do mundo tinham de se cruzar pelo menos uma vez na vida, com outra pessoa no mundo, o que seria qualquer coisa como 7 biliões de pessoas "elevado" a 7 biliões de pessoas. Mas isso é impossível, considerando que a cada segundo uma pessoa morre e outra nasce. Uma pessoa única desaparece, dando lugar a um pessoa também única. O que leva a que o número de conexões possível seja quase infinito... O que nos levou a conceitos ainda mais profundos, acerca de como tudo se repete, e tudo se transforma, nada desaparece nem nada se cria, o que, por esta lógica, leva ao pensamento de que uma pessoa que nasce a cada segundo não é mais do que a repetição de outra que pode já ter vivido milhares de anos atrás, e se considerarmos, então, que não sabemos quando ou onde o TEMPO começou, e se considerarmos que a visão científica do início do mundo parte do princípio que somos os primeiros seres humanos na terra, e considerando que o mais provável é mesmo que isso não seja verdade, mas sim que a terra já se tenha repetido em si mesma tantas vezes quantas nunca poderemos saber, partindo deste princípio da repetição, então o número de cruzamentos possível acabaria por ter um fim e, em si mesmo, repetir-se de novo." Tudo isto com "Sigur Ros on my mind"... transcendi-me.

Vivido e escrito algures em 2011

domingo, 4 de novembro de 2012

Experiências que mudaram a minha vida #2

"Descobri que o céu pode ser um local na terra. Foi uma experiência tão intensa e maravilhosa. Os pequenos animais, lagartos, plantas, flores, a crescer a partir do chão em direcção a mim, como se eu pudesse andar entre eles... as cores dos cartazes e postais na minha parede, com a luz das velas na fita-cola, dava a sensação que um lençol de água, uma cascata colorida e calma, caía pela parede, era tão bonito, tão tão LINDO, apetecia-me tocar, fundir-me na parede, abraçá-la para sempre, sentir a água nas minhas mãos. Poderia ter ficado a olhar para aquele espectáculo, para sempre. Encontrar padrões de imagens, sons, cores, que nunca tinha encontrado antes. Encontrar coisas surpreendentes num quarto onde vivo há quase 3 meses. Não foi assustador como eu pensava que seria, pelo contrário, foi FASCINANTE. As cores eram tão vívidas, conseguia distinguir as mais pequenas nuances, as mais pequenas diferenças de contornos, quase parecia ser um desenho animado com umas cores muito fortes mesmo; as sombras eram mais evidentes, conseguia ver o degrade da intensidade das sombras, o seu gradiente, na perfeição; os sons eram tão intensos, as músicas eram tão bonitas e felizes, de uma felicidade que tocava na tristeza, e uma espécie de tristeza que se confundia com a mais pura das felicidades. Fez-me chorar. Chorar de tanta felicidade junta. E é tudo tão bonito e intenso… tão engraçado – rir durante meia-hora seguida é perfeitamente possível! – que só apetece sentar e ficar a olhar para toda aquela beleza à minha volta, só rodar a cabeça e ver coisas diferentes, mágicas, até pozinhos coloridos no ar eu conseguia ver. Andar também era uma experiência engraçada, como se tivesse molas nos pés e nos joelhos, e conseguisse andar como num trampolim. Andava como se de um trampolim o chão se tratasse (sem que nunca aqueles padrões do chão desaparecessem) a tocar as paredes, a vê-las a mover de uma forma fascinante, a tocar em todos os efeitos visuais, a tentar senti-los com as pontas dos dedos, com o meu corpo todo. E é tudo tão maravilhoso que dá a sensação que estou em todo o lado deste maravilhoso mundo. Como se o meu corpo se tivesse tornado em pó e fosse com o vento para todos os locais deste lindo planeta. É como olhar o mundo com olhos diferentes. Aliás, não apenas olhar, mas sim ver. Cada pormenor é tão bonito e intenso e perfeito. Perguntas-te porque é que nunca antes tinhas visto o mundo assim, por que razão não o podes ver sempre assim, porque é que esta não pode ser a tua realidade constante, e porque é que, alguma vez na tua vida, te sentiste miserável, como é possível, se neste momento estás tão feliz, de uma forma tão esmagadora que cansa. Se neste momento, tão pequenino e tão eterno como é cada segundo que passa, é tão bonito e tu nada mais queres senão apreciá-los na sua essência, pelo que são, naquele momento, naquele local, naquela circunstância, cada detalhe que encontras é tão bonito, é como descobrir todo um novo mundo pela primeira vez, qual bebé que nem uma esponja. A beleza é tão imensa e esmagadora, ao ponto de te fazer respirar mais rápido e mais fundo, sentires o bater do teu coração e até tornares-te consciente do teu próprio corpo, para teres a certeza que estás tão VIVO como sentes que estás, para teres a certeza que estás mesmo aqui a presenciar isto tudo, que não é um sonho e que não, não estás nas nuvens como crês estar. Rapidamente, porém, te apercebes que este corpo, esta respiração, este bater de coração, não é mais teu. Ele pertence agora ao universo, à terra, estás perfeitamente conectado com tudo o que te rodeia, o teu ego desapareceu, não há uma noção definida do “eu” ou de um “aqui” e muito menos de um “agora”. Tudo de repente se torna num Uno perfeito. Um nível totalmente diferente de consciência. No fim, quando os efeitos visuais passam, notas o extremo cansaço e exaustão de te teres rido tanto, chorado tanto, amado tanto, descoberto tanto, VIVIDO tanto e tão intensamente durante 4 ou 5 horas, e começas a entrar na fase mais filosófica; já não vês lagartos e flores a crescer do chão, mas começas mais a pensar no significado profundo que tem tudo o que viste. E então tens a certeza que a tua vida e a tua perspectiva sobre as coisas mudou. Para sempre. Hoje acordei no quarto das maravilhas… tenho a sensação de que tudo foi apenas um sonho maravilhoso, apesar de real. Tenho a sensação de que, se perguntar às pessoas que partilharam esta experiência comigo, elas vão dizer que eu sonhei tudo. Porque agora eu olho para o chão, e já não consigo mais ver a diferença do gradiente de cores; as paredes já não mexem; já não há cascatas coloridas a cair dos posters na parede. No entanto, sinto que nunca mais vou esquecer esta experiência. Foi uma das experiências mais fantásticas pelas quais já passei." Algures em 2011

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Eu amo...

...... o conhecido e o anónimo, o singularmente comum, o mais comum do essencial, o mais louco do desconhecido.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Risk-taking

Algo de muito errado se passa com as (algumas, não querendo fazer generalizações) pessoas à minha volta. Parece que estão habituadas a não sair do mesmo sítio, a conformarem-se com o que "há", com o que "pode ser", com o que "tem de ser". A minha vontade de correr riscos, de crescer, de evoluir, cresce exponencialmente, numa correlação significativamente negativa com (algumas) pessoas à minha volta, que olham para mim com cara de "és louca" sempre que verbalizo a minha vontade imensa de tentar coisas novas, com todos os riscos que isso possa envolver. Oiço coisas como "tem cuidado", "não te atires de cabeça", "não sejas parva", "quando bateres com a cabeça no chão, não digas que eu não te avisei", "estás maluca", "isso é impossível".

Será mesmo? Serei eu a louca, a ingénua, a que não está a "pensar bem"? Serei a única pessoa a acreditar veemente que as coisas só se conseguem se arriscarmos e acreditarmos nelas? Que quero tentar, quero ver até onde vai, quero ir, quero dar tudo de mim, quero fazer e acontecer? Que sim, mais tarde, ninguém coloca isso fora de hipótese (a começar por mim, que nunca coloco nada fora de hipótese), posso cair e arrepender-me... e então, não terá tudo valido a pena, mesmo assim? Eu não tenho quaisquer dúvidas que sim. Se já em tantas situações na minha vida fiz coisas que uma pessoa, no seu "perfeito juízo" não faria, que uma pessoa diria "não deves fazer isso", mas isso nunca foi impedimento, e sempre me trouxe crescimento, e sempre valeu a pena, mesmo quando acabou mal (e não "acabou mal" assim tantas vezes, por sinal). E mais acrescento, acredito que as pessoas que chegam mais longe na vida são aquelas que pensam precisamente desta forma. Que não se abstiveram de fazer nada por medo. Que não deixaram que o medo de perder algo as imobilizasse. As que tentaram, que foram, que fizeram, que lutaram, que acreditaram mesmo em causas ou questões aparentemente perdidas e "inacreditáveis", mesmo quando todo o mundo lhes dizia "não devias fazer isso".

Penso, seriamente, que cada vez mais, as pessoas sofrem de um mal chamado "resignação". Habituaram-se a não querer mais, e acabaram por acreditar mesmo que não querem nem podem mais. Não estou apenas a falar de realização profissional ou euros na conta bancária, mas sim valores muito maiores como capacidade de ver beleza nas coisas mais pequenas que nos rodeiam, confiança, vontade de crescimento, auto-aceitação, deixar uma marca no mundo, fazer a diferença, lutar por aquilo que se quer e em que se acredita, êxito, sucesso, reconhecimento, satisfação, realização pessoal. Estão cheias de frustrações de "eu não posso"; ou "eu não consigo" ou "eu não sou capaz", "não dá" (mas não dá porquê, mesmo?). E acham que as pessoas que conseguem ser felizes estar de bem com a vida, é porque têm sorte, ou então porque têm uma vida melhor que a delas, e que "a minha vida, coitadinha, pobrezinha de mim, a minha vida não presta, tenho tanto azar". Este tipo de diálogo interior já está interiorizado, enraizado de tal forma, que acabou por se tornar numa crença de que não podem nem devem nada, de que "não é correcto", de que "não é possível", e que a vida, essa madrasta, as tratou tão mal. Ainda não entenderam bem que o problema não é a vida nem as circunstâncias ou situações exteriores, mas sim a forma como olham para as mesmas.

Não tenho nada contra essas pessoas, atenção. Cada um tem a perspectiva que quer, que escolhe, que bem entender, felizmente vivemos numa sociedade em que somos livres de escolha. Mas não posso deixar que esse tipo de atitude interfira com os meus sonhos ou as minhas crenças. Nem com a minha capacidade de realmente acreditar que algo está fora do meu alcance. Não acho que não consigo ou que não posso algo que realmente queira. E porque não? Não há resposta a esta pergunta!

Sim, sou aquela pessoa louca e impulsiva, que se atira para as coisas quando acredita nelas; sou a pessoa que está na fila de trânsito a cantar com as janelas abertas às 9h da manhã antes de um dia cheio de aulas, quando pessoas à minha volta, sisudas, reclamam e se queixam da crise, e da falta de dinheiro, e do semáforo que nunca mais passa para verde, que já está vermelho e elas perderam tanto tempo na vida delas ali à espera. Sou aquela pessoa ingénua, sim, talvez muito até, a pessoa que vai sempre pensar de menos e agir de mais, ou mesmo que pense demais acabe por agir de qualquer forma, a que há-de cair muitas vezes e magoar-se muita vez! Mas também a que há-de ter tido mais experiências, mais histórias para contar, vivido mais, aprendido mais, e resignado-se ao que é "certo" e o que "deve ser feito" menos.

As perguntas que eu faço a mim mesma antes de tomar qualquer decisão são: "quero?", "posso?", "dá para?". Se as três forem afirmativas, a começar pela primeira, então, porque não? O que me impede? Se formos estudar esta questão a fundo, para a maioria dos casos, não há realmente nada que nos impeça de nada (tirando algumas excepções, claro, como disse, não quero generalizar).

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A vida são as férias da morte.



A vida são as férias da morte, e, como tal, deve ser encarada como um período de tempo que é efémero, que um dia irá acabar com toda a certeza. Por isso, devemos sempre tratar vida como aquele período do ano em que não temos preocupações, e em que o nosso maior objectivo é envolver-nos actividades que promovam o prazer, e evitar as que provocam dor.

Every moment of existence should be treated with the same reverence with which we treat summer holidays. Remaking our understanding of "holiday" means rejecting the image of ourselves we inherit from dominator culture - that of a worker, someone whose leisure must be compartmentalized into units, and who is somehow deserving of exclusion from paradise. Paradise - summer holiday - is a state of mind that can be claimed by any one of us.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O significado da escrita para mim.



Nasci para escrever. É aquilo a que sou boa, o que melhor faço, o que me sinto melhor a fazer. É o meu veículo de expressão, de canalização de emoções. Considero-me escritora, e não preciso de ter um livro à venda na FNAC para me considerar como tal, da mesma forma que um músico não precisa que a sua música passe na MTV, pode ser uma banda de garagem. No fundo, é isso que a minha escrita é, apenas palavras soltas escritas amadora e clandestinamente na minha garagem. Sou escritora a partir do momento em que sinto que tenho uma palavra minha para dizer ao mundo, uma palavra só minha e de mais ninguém, e que a melhor forma de a dizer ao mundo, é deixá-la por escrito.

E como escritora, tenho fases. Já tive a minha fase Fernando Pessoa, a minha fase José Saramago, a minha fase Janela Aberta, a fase em que estava a descobrir-me como escritora, em que tinha muitas influências alheias de autores que admirava (e ainda admiro). Agora estou numa fase diferente, numa fase só minha, esta fase em que me exploro de forma nua e crua, o meu íntimo no seu estado mais puro. É uma fase menos explícita, mais discreta, para bom entendedor meia-palavra basta. 

É este o significado da escrita para mim. É tudo, é uma paixão que tenho desde que me lembro, uma necessidade de transpor para palavras as situações mais corriqueiras do dia-a-dia, às experiências de vida mais marcantes. É o genuíno amor às palavras.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

It will all be ok in the end...

Um dos meus melhores amigos sempre me disse, sempre me ensinou e transmitiu, e eu acabei por interiorizar, a seguinte mensagem:

"It will all be ok in the end..." (ok, alright, well, great)

Nunca duvidei. A questão que eu coloco é: será que acaba tudo por acabar realmente bem? Ou será que acabamos por aceitar a forma como acabou, pacificamente, e encarar como "bem", quando, na realidade quereríamos que tivesse acabado de outra forma?

Fica a questão, para reflexão.

sábado, 20 de outubro de 2012

People are just people, They shouldn't make you nervous, The world is everlasting, It's coming and it's going



A man walks out of his apartment
It is raining
He's got no umbrella
He starts running beneath the awnings trying to save his suit
Tryin to dryin to tryin to dry, but no good

When he gets to the crowded subway platform, he takes off both of his shoes

He steps right into somebody's fat loogie
And everyone who sees him says "ewwww"
Everyone who sees him says "ewwww"

But he doesn't care cause last night he got a visit from the Ghost of Corporate Future

The Ghost said take off both your shoes whatever chances you get
Especially when they're wet
He also said


Imagine you go away on a business trip one day

And when you come back home
Your children have grown
And you never made your wife moan

And people make you nervous
You'd think the world was ending
And everybody's features
Have somehow started blending
And everything is plastic
And everyone's sarcastic
And all your food is frozen
It needs to be defrosted
You'd think the world was ending
You'd think the world was ending
You'd think the world was ending right now


Well maybe you should just drink a lot less coffee
And never ever watch the 10 o'clock news
Maybe you should kiss someone nice, or lick a rock, or both
Maybe you should cut your own hair, cause that can be so funny
It doesn't cost any money and it always grows back
Hair grows even after you're dead

People are just people
They shouldn't make you nervous
The world is everlasting
It's coming and it's going

If you don't toss your plastic
The streets won't be so plastic
And if you kiss somebody
Then both of you'll get practice


The world is everlasting
Put dirtballs in your pockets
Put dirtball's in your pockets
And take off both your shoes
Cause people are just people
People are just people
People are just people like you


People are just people

People are just people
People are just people like you

The world is everlasting
It's coming and it's going
The world is everlasting
It's coming and it's going
It's coming and it's going

 
Uma música simples, uma letra diferente, fora do comum, e que diz muito.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Trick the time I

Ultimamente, um dos meus focos de reflexão pessoal tem sido o tempo, tudo o que está relacionado com o tempo, o conceito e a sua passagem. Tenho vindo a aprender como mexer e manipular na passagem do tempo conforme me dê mais jeito, conforme as fases da minha vida ou até mesmo situações quotidianas em que dá jeito controlar a forma como o tempo passa. Neste caso, e hoje venho falar, sobre o "segredo" que tem vindo a funcionar, para mim, para que o tempo pareça passar mais rápido (quando queremos que ele passe).

Quando quero que o tempo passe mais rápido, eu gosto de pensar em termos de "já" em vez de "ainda". Shifting the mindset (há certas expressões que me falham em português): " passaram dois dias" em vez de "ainda só passaram dois dias". O tempo que passou é o mesmo, dois dias, 48 horas, 2880 minutos, não há forma de dar volta a isso, a chave está na forma como encaramos esses dois dias, essas 48 horas, esses 2880 minutos. A forma como formulamos, verbalmente, a passagem do tempo, modifica a forma como o experienciamos subjectivamente. Recordar momentos ou acontecimentos que tiveram lugar num tempo relativamente distante, digamos, por exemplo, dois meses e, ao fazê-lo, evocar sentimentos e/ou sensações que tivemos; as sensações têm um sabor a presente, então, é como estar a sentir o que aconteceu há dois meses, mas pensar que, objectivamente, passaram dois meses. Expressões como "lembro-me como se fosse ontem" referentes a eventos passados, permite-nos avaliar a passagem do tempo de forma diferente, e "celebrar" o processo, o terem passado dois meses, em vez do ainda faltam X para (objectivo final). Finalmente, pensar no "tempo que ainda falta" não como sendo "muito tempo", mas sim em termos de que "se este tempo passou, e passou rápido, então o que falta também passará da mesma forma, e quando der por mim, já lá estou".

A espera nem sempre tem de ser frustrante. Tal como já tinha dito anteriormente (link), a passagem do tempo em si é objectiva, numericamente quantificável (um dia sempre terá 24 horas, e uma semana sempre terá 7 dias), mas a forma como nós passamos o tempo, ou como queremos que ele passe, está na nossa cabeça. Uma semana pode tanto parecer um mês, como "passar a correr". Pode parecer longo, e pode parecer que passou "num ápice". A nossa vivência do tempo é uma experiência altamente subjectiva, mas com algum grau de controlo, se soubermos como "trick the time" (outra expressão que me falha em português). Com o tempo, aprendi a fazer com que o tempo, aquele que eu quero que passe rápido, seja porque estou a ter uma aula secante ou porque estou à espera do autocarro há 20 minutos, passe, de facto, rápido, ou mais rápido do que aquilo que parece ser. Uma forma de fazer com que 3 horas me pareçam meia-hora, ou que aqueles 20 minutos que estive à espera do autocarro me tenham parecido só 5.

Para a situação contrária, aquela em que queremos que o tempo pare no tempo, momentos que queríamos que durassem para sempre, minutos que queríamos esticar para horas, e horas para dias, e dias para semanas... sobre essa, escrevo noutro dia, e noutra ocasião. Numa ocasião em que eu realmente deseje esticar e congelar o tempo.

De qualquer forma, my point is: é realmente possível enganar o tempo. Ter o poder, a capacidade de mexer e manipular a passagem do tempo conforme a nossa conveniência, é uma faculdade que pode ser treinada.

But then again, isto acontece, no fundo, com tudo na vida. A forma como vivemos tudo, está nas nossas mentes. Está inteiramente sob o nosso controlo a forma como vivemos a vida; isto aplica-se à passagem do tempo e a tudo o mais.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ecdise II

Ainda estou em fase de mudança. De adaptação, ou re-adaptação. De re-descoberta. Mas, sobretudo, de aceitação. Aceitei a mudança, e estou agora pronta para as próximas que hão-de vir, e as que quero que venham. Ultimamente, para a minha mudança de pele, tenho utilizado a experiência como aprendizagem. Dou por mim, quase todos os dias, em situações quotidianas, a fazer um ponto de situação: o que esta situação, pessoa ou atitude, representava para mim antes? De que forma a minha atitude ou postura perante isto mudou? Como reagiria antes? Como reajo agora? O que me ensinaram as experiências que tive? Como posso aplicar todo o conhecimento pessoal que adquiri no último ano, à minha vida actualmente?


É uma fase maravilhosa. Uma fase de re-descoberta e re-auto-conhecimento, depois de um período de aventura, de aprendizagem, de coisas novas. Agora é o voltar às coisas velhas, ao que sempre foi  e sempre será, mas enquanto uma pessoa renovada, que encara tudo de forma diferente. Encontrar um novo ajustamento.