tag:blogger.com,1999:blog-36737542239071108052024-03-06T07:53:03.285+00:00Em estado puro.' Claudjinhahttp://www.blogger.com/profile/04735016242827155572noreply@blogger.comBlogger166125tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-64386438929782466322017-12-29T11:32:00.000+00:002017-12-29T12:03:52.660+00:00Sobre esta coisa a que chamam de Propósito de Vida<div style="text-align: center;">
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<br /></div>
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Por alguma razão, o "propósito de vida" está sempre associado àquilo que fazemos enquanto profissão, tanto que na busca (que confesso que fiz) sobre "propósito de vida", ou "missão de vida", vem sempre isso à tona.</div>
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Mas a frase diz "propósito de VIDA". E por isso mesmo, não tem de se referir só ao trabalho mas sim, a todas as dimensões da nossa vida, de uma forma holística. da VIDA. </div>
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<br /></div>
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Podemos criar uma carreira brilhante, mas quando estivermos no nosso leito de morte, é nisso que vamos pensar?</div>
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<br /></div>
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Tantas vezes renegamos para segundo plano as relações, a satisfação pessoal, o amor, a amizade, as condições de vida que temos, se fomos boas pessoas, se deixámos algo positivo no mundo, se deixámos a nossa marca. O que interessa é o curso, o trabalho e o dinheiro. E se a missão de "vida", aplicada à carreira, incluir a palavra "ajudar", então o quadro ainda fica mais bonito.</div>
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<br /></div>
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Mas, mais bonito para quem? Para os outros ou para nós?</div>
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<br /></div>
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<b>A VERDADE NUA, CRUA E DURA: MINHA MISSÃO PRINCIPAL NÃO PASSA NECESSARIAMENTE POR AJUDAR</b></div>
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<br /></div>
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Eu vou ser sincera quanto a isto: ajudar os outros não é a minha principal missão; desculpa, universo, se estou a ser insensível ou egoísta! Se puder ajudar, ótimo! Mas não é a minha prioridade! Não é o que me realiza mais! Não é aquilo que ao fim do dia me faz dizer "hoje foi um dia bom". Claro que me sinto feliz se alguém ficar feliz ou se puder ajudar alguém, mas não oriento a minha vida nesse sentido.</div>
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<br /></div>
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Não nasci com essa benção.</div>
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<br /></div>
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Então, o que é?</div>
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<br /></div>
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<b>NÃO FAÇO IDEIA</b></div>
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<br /></div>
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A verdade é que eu ainda não descobri a minha <i>missão</i>, se é que ela existe, e esta é, entre muitas outras, uma das lutas/angústias da minha vida. É eu saber o que quero dela, mas não fazer a mínima ideia ao mesmo tempo. É uma dor interior, constante e já me habituei a viver com ela.</div>
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<br /></div>
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Sou millenial? Sim, sou. Acho que consigo tudo na vida? Sim, acho. Vivemos na época em que toda a gente é educada a pensar que pode tudo na vida? Sim, vivemos.</div>
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<br /></div>
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E sim, isso tem influência.</div>
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Apesar de não ter sido aquela criança que era recompensada por tudo e por nada (nem recebia presentes só por ter boas notas, e ainda bem) ou que era levada a acreditar num mundo de unicórnios, a verdade é que cresci numa geração que foi ensinada a lutar sempre por tudo. E isso é bom. Mas as dores são, também elas, maiores. Ou então não... Ou então agora simplesmente somos incentivados a expô-las, coisa que no tempo dos nossos pais era mais correto oprimir.</div>
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<br /></div>
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<b>MISSÃO = PROFISSÃO? CARREIRA?</b></div>
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<br /></div>
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Desde que chegou a altura de "escolher a área" e "escolher o curso" (para aí 15 anos?) que sempre fui confrontada com isto. O quê? Estava aqui tão sossegada da minha vida, e agora tenho de fazer ESCOLHAS? Sem saber? Sem ter maturidade para isso? Sem saber nada de nada da vida? Completamente condicionada a pensar que a minha missão de vida, depois de eu a descobrir (algo que em 27 anos ainda não consegui e <i>I just don't have it all figured out</i>), passava por concretizá-la através de uma profissão. De preferência, que pagasse bem. E se ajudasse alguém, lá está, melhor ainda.</div>
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<br /></div>
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Mas quando termino um dia e faço uma avaliação se foi um dia bom ou não, há tanto mais que entra em jogo. Senti que fiz algo com sentido? Com significado? Que me fez sentir bem e plena e que tenho algum valor?</div>
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<br /></div>
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<b>O DINHEIRO É MUITÍSSIMO IMPORTANTE E QUEM DIZ QUE NÃO ESTÁ A MENTIR</b></div>
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<br /></div>
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Sim, o dinheiro é importante - muito! Mas na minha opinião, a sua maior importância não é a nível material. Não é a nível de ter o melhor carro ou o melhor telemóvel, nem no sentido de ostentar. Eu nem acho que seria uma pessoa desse género, se tivesse imenso dinheiro.</div>
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<br /></div>
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Agora, o dinheiro É IMPORTANTÍSSIMO no sentido em que <b>desbloqueia a mente para a concretizar. </b>Em que não temos a mente ocupada com pensamentos assim:</div>
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<br /></div>
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- "amava tirar este curso, e este e aquele, adorava aperfeiçoar este tema, investir nisto, aprender a fazer isto... oh, mas espera, não tenho dinheiro"</div>
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<br /></div>
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- "amava investir neste negócio, oops, não tenho dinheiro"</div>
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<br /></div>
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- "amava viajar durante meses, experimentar tudo o que houver para experimentar... oops, com que dinheiro?".</div>
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<br /></div>
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(e sim, eu sou Touro, eu preciso de conforto, não me digam que posso viajar de mochila às costas e fazer <i>couch surfing </i>porque isso não é o meu estilo por mais <i>cool </i>que seja. Eu sou mais estilo hotel 5 estrelas, estão a ver?).</div>
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<br /></div>
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<b>Eu cada vez mais acredito, e muito, nisto: o dinheiro é energia e é uma energia que se for negativa, bloqueia. Bloqueia muito, muito mesmo.</b></div>
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<br /></div>
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Apesar de dizerem que todas as energias dependem de nós, até certo ponto, isso é verdade! Mas não a 100%. Eu realmente não controlo totalmente a energia financeira, de outro modo, já seria milionária. E o facto de não controlar frustra-me, porque eu sou <i>control freak</i> :P</div>
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<br /></div>
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O dinheiro é uma coisa que me afecta imenso e com o qual tenho uma relação amor-ódio.</div>
<div>
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<br /></div>
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Tenho imensas crenças limitativas em relação ao mesmo ("só se consegue dinheiro trabalhando muito arduamente e imensas horas por dia e dedicando a vida a isso", "o dinheiro só é limpo se for ganho por ti", "o dinheiro não é digno de merecimento se te for oferecido ou ganho por sorte" - sobretudo esta última, está muito presente em mim, ao ponto de afectar a minha vida).</div>
</div>
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<br /></div>
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<b>O dinheiro é energia pura e cada vez mais percebo isso.</b></div>
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<br /></div>
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Lidar com essa energia? É complicado.</div>
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<br /></div>
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Mas sim, confesso, um dia eu adoraria conseguir ter uma fonte constante de dinheiro que me permitisse não ter a melhor vida material, mas sim, a melhor vida em termos de experiências, de poder CONCRETIZAR-ME. Sim, a palavra é concretizar. Sem bloqueios e sem pensar que tenho de dedicar imensas horas da minha vida a ganhar dinheiro que vai ser gasto em despesas - ora aqui está uma outra crença limitativa.</div>
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<br /></div>
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No fundo no fundo, eu só queria era VIVER sem ter de me preocupar com isso. Mas se tivesse nascido num berço de ouro, e nunca tivesse de me preocupar com isso, será que iria aproveitar assim tanto a vida? Será que tinha estas crenças, esta forma de ver? Será que ia achar que não era merecido, porque já tinha nascido com ele? Será que a riqueza ganha tem mais valor do que a riqueza herdada?</div>
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<br /></div>
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Lá está, questões. Questões e mais questões. Eu não olho para pessoas que têm ótimas condições de vida porque obtiveram dinheiro sem ser através do trabalho (por exemplo, heranças ou sorte ou já terem nascido numa família abastada), de uma forma negativa ou como não tendo valor; mas se fosse eu, já acharia que não teria tanto valor. Tanto é assim que, na minha cabeça, 10€ ganhos por sorte, 10€ dados por alguém, ou 10€ ganhos por mim não têm o mesmo valor. Mas só aplico isso a mim, não vejo assim com outras pessoas. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<b>QUESTÕES EXISTENCIAIS? CRENÇAS LIMITATIVAS? VAMOS RESOLVÊ-LAS!</b></div>
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<br /></div>
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Ok, motivação para responder a estas questões e ter, dia após dia, uma visão mais clara desta coisa complexa aque chamam vida. Sozinha? Possível, mas complicado. Agora, está muito na moda o coaching. Bora fazer <i>coaching</i>! Com que dinheiro??</div>
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<br /></div>
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Até para resolver problemas pessoais de foro profundo e existencial é preciso gastar-se dinheiro. Que, na maioria das vezes, não se tem.</div>
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<br /></div>
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Ciclo vicioso. <i>Again</i>.</div>
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<br />
Se dependesse de mim já tinha corrido todos os psicólogos e <i>coaches </i>do país. Dedicava toda uma vida a descobrir o que raio vim aqui fazer a este mundo.</div>
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<br /></div>
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Posso? Não.</div>
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<br />
Só posso ser auto-didacta, ler, ver vídeos, auto-inspirar-me... Mas quando temos crenças limitativas na nossa cabeça é quase impossível tirá-las sozinhos.<br />
<br />
<br /></div>
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<b>CONTINUANDO COM A QUESTÃO DA PROFISSÃO/CARREIRA/MISSÃO</b></div>
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<br /></div>
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Porque é que esta escolha e esta missão e este propósito está ligado ao trabalho, à carreira, à profissão? Não tem. Tem a ver com a vida toda. O que não torna isto nada mais fácil, mas sim, bem mais complicado!</div>
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<br /></div>
<div>
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<b>Eventualmente aceitei e hoje em dia considero que o propósito de vida é simplesmente vivê-la. </b>Mas, confesso, que apesar de ser uma pessoa optimista e positiva por natureza, são muitos os dias em que eu acordo e sem qualquer vontade de me levantar da cama pergunto o que estou a fazer da minha vida. O que quero fazer dela. Qual o sentido dela. E se o que vou fazer naquele dia tem algum impacto <i>whatsoever </i>em algo ou alguém ou mesmo em mim; provavelmente, vai ser só mais um dia!</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Adorava ser daquelas pessoas que está sempre motivada (será que existem?) e muitas vezes me questiono, adorando entrar em segredo na cabeça e coração das pessoas que têm imenso sucesso sem nunca parecer que se sentem na m*rda como todos nós seres mortais.</div>
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<br /></div>
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Mas quando páro para pensar no que poderia potencialmente ser a minha missão de vida, as primeiras palavras que me ocorrem são <b>APRENDER e CRIAR</b>. O que me faz sentir bem depois de um dia e sentir que teve significado? Sentir que aprendi algo que gosto de fazer e que criei algo com aquilo. Algo que se pode aplicar a profissão - estraga logo, porque uma coisa que era paixão passou a ser obrigação e uma forma de obter o tão desejado e abominado e necessário dinheiro - e não algo que fazemos porque gostamos de fazer.<br />
<br />
Mas é sentir "opa, nem acredito que fiz isto, tão bom, adorei aprendê-lo, adorei fazê-lo e adoro o resultado final". Mesmo que não valha 1 cêntimo, faz-me sentir que ganhei o dia. Faz-me sentir viva.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O QUE É QUE ISTO TEM A VER COM ALGUMA COISA</b></div>
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<br /></div>
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NADA. Comecei a escrever esta emaranhada e resolvi separar com títulos para ficar mais coerente :P</div>
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<br /></div>
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A verdade é que se passou mais um ano, e como toda a gente (aqui sou muito "igual" a toda a gente, lol), impossível não fazer um balanço da nossa vida e do que fizemos dela nestes últimos 365 dias. Eu confesso, que acho que não fiz o suficiente, apesar de toda a gente dizer que fiz o máximo. É que eu sou muito exigente comigo mesma e não aceito menos do que excelência, eficácia, eficiência, etc etc. - <b>se há um dia em que não faço nada porque não me apetece existir, fico a sentir-me muito mal, mesmo - uma crença limitativa.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, 2017 foi um ano com bastantes concretizações profissionais (lá está) mas que ainda não me permitem estar DESBLOQUEADA. <b>A verdade é que acabo esta ano com uma necessidade enorme de desbloquear, de modificar crenças que (só) estão na minha cabeça e que talvez seja isso que impeça que as coisas evoluam.</b></div>
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<br /></div>
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Foi um ano com acontecimentos pessoais e familiares tristes (apesar de continuar com uma relação excelente e amizades para a vida bem sólidas) e isso, claro, também afecta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b>Não fiz nenhum plano em concreto para 2018.</b> Tenho umas ideias na cabeça, não as especifiquei. Porquê? Porque os planos geram <a href="https://almaemestadopuro.blogspot.pt/2017/05/das-expectativas-vs-objetivos.html"><span style="color: orange;"><b>expectativas</b></span> </a>que se não se cumprem, ainda se fica pior do que se estava ao início. E eu, sou toda dos planos. Mas ultimamente, não tenho feito nenhum porque expectativas irrealistas e demasiado altas revelam-se destrutivas para mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Prefiro deixar que a vida - seja com missão ou sem missão - me surpreenda.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-52706050515952362872017-09-23T12:48:00.003+01:002017-09-23T13:08:59.955+01:00O fantasma e a angústia de querer ser única no mundo<div style="text-align: justify;">
<b>Desde bem jovem me lembro de me questionar.</b> Felizmente, fui bastante estimulada durante a minha infância e adolescência, a pensar pela minha cabeça, a ter pensamento crítico, os meus pais investiram (de formas diferentes, mas investiram) MUITO na minha educação e considero que essa é uma das minhas maiores armas. Só lhes tenho a agradecer!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até terminar o ensino secundário, sempre frequentei o ensino privado. Andei em colégios privados, sendo que o que me marcou mais foi, claro, aquele onde passei 8 anos, do 5º ao 12º. Um colégio católico que impingia que todos fôssemos "santos" e nos obrigava a ir à missa e "confessar pecados"; lembro-me de com 14 anos de idade o padre me perguntar que pecados eu tinha cometido e eu nem sabia responder. Eu sabia lá o que era um pecado! Eu queria lá ser santa! Eu detestava aquilo. Foi isso que acabou por me afastar mais da igreja, mais de "deus", ou como queiram chamar essa energia superior, essa sim que sei e acredito que existe. Mas a forma como retratavam tudo aquilo, nada me fazia sentido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Era um colégio privado composto 98% por meninos nascidos em berços de ouro. Eu pertencia aos outros 2%. Sei que o meu pai se matou a trabalhar para me poder proporcionar aquilo. E eu sou MUITO GRATA por isso. Muito! Espero um dia poder retribuir ao universo, dando o mesmo ou melhor aos meus filhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca me faltou nada, mas também não tinha as roupas de marca que me permitia ser "popular" naquele meio, altamente segregado pelo poder de compra dos pais. Sofri muito <i>bullying</i>. Superei. Não fiquei traumatizada. E hoje em dia compreendo que a "culpa" não era dos "meninos de bem" que gozavam, mas sim da educação péssima que recebiam em casa. Sofri <i>bullying </i>e fui excluída sim mas, felizmente, não me educaram nessa de me achar melhor que os outros por ter uma camisola da Gap ou uma mochila da Eastpak (por acaso tive uma dessas, mas era um luxo!).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já na minha adolescência (por volta dos 15 anos), mudei de casa e conheci aquele que seria o meu primeiro namorado a sério. Vindo de uma família totalmente diferente, com valores e educação muito diferentes, <b>conheci outras realidades.</b> Comecei a fazer coisas que ainda hoje faço e que talvez não sejam as melhores, mas, <b>foi aí também que comecei a abrir a minha mente</b>. <b>A sair daquela bolha que esse tipo de meios (colégios) criam e enfrentar o mundo real e as angústias de ser um ser humano. Com muitas interrogações, muitos questionamentos, muita falta de certeza em tudo.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E lembro-me de desde essa altura, começar a escrever. Nos meus altos momentos de inspiração induzida, acabei por descobrir que uma das minhas maiores angústias era <b>não ser ninguém num planeta tão grande e no meio de tanta gente que, por ser única, acaba por ser igual.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoNe0nrZVcBigWb-8mU-MKREhLIbegbLiAVIaFocwzXYBrTBa32YNsrueGOBnvzFxBpqXqf4Kx34dOKEmivXnC1iIRkgenMUPlWsjgGAHwjBXfsoV4_bJsOZFPT7ryi40qApGC_9B5FFSq/s1600/AdobeStock_59265469-1014x487.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="487" data-original-width="1014" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoNe0nrZVcBigWb-8mU-MKREhLIbegbLiAVIaFocwzXYBrTBa32YNsrueGOBnvzFxBpqXqf4Kx34dOKEmivXnC1iIRkgenMUPlWsjgGAHwjBXfsoV4_bJsOZFPT7ryi40qApGC_9B5FFSq/s400/AdobeStock_59265469-1014x487.jpeg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Exactamente. O grande paradoxo da minha vida - começou aos 15, com o passar dos anos foi atenuando, mas hoje com 27 confesso que é um FANTASMA que ainda me assombra - é esta conclusão a que cheguei bastante cedo na vida:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Somos todos únicos e irrepetíveis, mas por toda a gente ser única e irrepetível, somos, no fundo, apenas "Mais um único e irrepetível". O que não nos torna diferentes, mas sim, exactamente IGUAIS.</span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Parece complicado? Altamente paradoxal? E é. E ter este tipo de questionamentos e, sobretudo, chegar a esta conclusão, moldou muito quem sou, as escolhas que fiz, como vivo a minha vida hoje em dia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não tenho problema nenhum em admitir que tenho uma enorme necessidade de reconhecimento e validação. <b>Eu gosto de mim e gosto ainda mais que gostem de mim. Reconhecerem-me, admirarem-me, validarem-me.</b> Seja por ter Leão como signo ascendente (quem percebe de astrologia, saberá ao que me refiro), seja por experiências de infância, seja por ser filha única, seja por ter sido sempre mimada, seja pelo que for... Assim sou, <b>preciso de saber que eu faço sentido na minha existência.</b> Se não fizer sentido, nada faz, nem a vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>E sobretudo, comigo mesma. Preciso validar-me a mim mesma, constantemente. Por ser assim, acabei por me tornar numa <i>overachiever</i>.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que é isto? <b>É exigir de mim mais do que aquilo que se calhar consigo fazer. </b>Mas eu meto na cabeça que tenho de conseguir fazer. Com os meus picos de POC, faço listas para tudo e não descanso enquanto não conseguir. Raramento penso "faço amanhã" ou "faço depois". Quando consigo, é uma sensação de satisfação IMENSA. Eu não penso nisto conscientemente na altura, mas o que eu sinto é "consegui, sou a maior".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>E se não conseguir, já não sou a maior.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu vivo refém desta minha <b>síndrome de nunca estar satisfeita e querer sempre mais e mais.</b> Mas este querer mais e mais vem tudo daquela minha "conclusão" a que cheguei aos 15 anos: <b>por mais que faça, não serei ninguém, nunca saberei tudo, nunca conquistarei tudo...</b> Mas a gratificação imediata de ter conseguido tudo naquele meu universo, naquele momento, <i>it's what keeps me going.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um condicionamento que tenho: primeiro trabalho, depois lazer. Ao ponto de quase nem conseguir desfrutar o lazer se sei que não fiz algo que tinha planeado para esse dia. Se atirar tudo para o ar e disser "fuck it!", e desperdiçar um dia a não fazer nada, na minha cabeça é isso mesmo: desperdiçar um dia. A menos que eu já tenha planeado que aquele dia em específico era mesmo para desperdiçar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembro-me perfeitamente de andar na escola primária e, quando chegava das aulas, querer ver o "Batatoon". E a minha mãe dizia sempre: primeiro fazes os trabalhos de casa, depois vês o Batatoon e brincas o que quiseres. <b>Isso ficou tão enraízado que começou a ser uma regra que primeiramente ela me tinha imposto, e depois eu me tinha imposto a mim mesma.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje em dia, mais de 20 anos depois, essa regra mantém-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu orgulho-me tanto ser ser hiper produtiva e raramente procrastinar, que quando o faço, é um sentimento de culpa que me invade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No outro dia dizia para o meu namorado:</div>
<div style="text-align: justify;">
- <i><b>"ainda não estou onde queria estar com 27 anos"</b></i>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ele responde:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <b><i>"quase ninguém está onde quer estar com a idade que tem; muito menos aos 27 anos"</i></b> (ou algo assim). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu respondi: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>- "mas eu não sou as outras pessoas, eu faço muito mais e para o nível de produtividade que eu tenho, já queria ter mais feito"</b></i>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ele responde:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>-"olha que não há muita gente que aos 27 anos tenha tido a coragem de abrir uma empresa".</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Bang! Ali estava, a validação. A frase que me fez sorrir. "Olha que não é toda a gente".</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque este é o cerne de tudo isto, se formos a ver.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Eu sempre quis ser MAIS do que<i> mais uma</i>.</b> Sempre tive esta <b>necessidade imensa de criar, de deixar uma marca só minha no mundo</b>. Dar sentido à minha existência. Tudo o que eu faço, tem como objetivo primário esse mesmo - mesmo que não seja, e na maior parte das vezes não é, consciente. <b>Eu escrevi e publiquei um livro de poemas meus, aos 16 anos. Era <i>meu</i>!</b> Eu quis criar uma empresa que fazia algo que ainda não tinha sido feito (e na altura em que nasceu o projeto, que não era suposto ser uma empresa 8 anos mais tarde), porque era meu. <b>Era uma coisa criada por mim. </b>Com o meu nome na "etiqueta". E todos os projetos que idealizo, têm sempre uma pontinha de ter "a minha assinatura".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sou muito independente, e orgulhosa. Detesto depender de alguém. </b>Destesto <i>ter de </i>depender de alguém. Não só em termos monetários, mas em termos de ESPERAR. Esperar que pessoa X faça isto, que entidade Y faça aquilo, que pessoa Z me envie aquilo. Detesto sentir-me presa em avançar com a MINHA vida por estar à espera que os OUTROS façam algo. Detesto falta de controlo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aprendi que nem sempre é possível ter tudo sobre controlo ou ser totalmente independente; é uma utopia, que ainda tenho na minha mente, é difícil destruir. É uma enorme frustração com a qual tenho de lidar. Mas quando isso acontece, rapidamente percebo que não posso mais viver nesse estado de dependência - para isso já basta a dependência que tenho da minha auto-validação - e entro outra vez naquela espiral: <b>o que é que EU posso fazer agora, o que MAIS posso fazer eu agora? às vezes, muitas vezes, a resposta é "nada".</b> E vêm as vozes da sabedoria... dos imensos vídeos de inspiração que vejo (adoro!): paciência é uma virtude. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois é! E eu adoraria ter mais paciência, aliás, é um trabalho que estou a fazer, há ANOS, e que vai continuar ainda por mais ANOS, é controlar esta minha <b><i>urgência de viver,</i> de querer tudo para ontem</b>, e mais e mais e mais, e aos 27 eu já queria era ser milionária ou pelo menos não ter de contar os trocos para pagar as contas, porque para o meu nível de produtividade, eu meti na minha cabeça, que assim é que deveria ser.<br />
<br />
E eu já estou a pensar, no que posso fazer a seguir. O que posso aprender a seguir. O que posso fazer a seguir para que aquilo seja meu, e não igual a tantos outros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ainda assim, por mais que eu tente criar, que tente ser única por coisas positivas, que tente destacar-me, que seja completamente eu e só eu e só dependente de mim,<b> o fantasma do "não vale a pena, és só mais uma" assombra-me</b>. E todo aquele pensamento positivo que geralmente (thank god!) até tenho, de "todos somos únicos, eu também sou" desvanece-se, porque penso "oh, mas aquela pessoa também é. E esta também. E esta que faz instastories também. E esta blogger também. E a minha amiga também." (sim, porque com a emergência das redes sociais, isto tudo intensificou-se, claro; por mais que não queiramos comparar-nos aos outros, <i>come on, let's be brutally honest - </i>quem nunca o fez?!). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Todos são, então todos acabam por ser, eu incluída, mais um no pacote.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daqui a 200 anos ninguém vai saber quem eu era. Mas eu queria que soubessem. Eu queria imortalizar a minha vivência. Eu não queria ser apenas mais uma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Mas sou. E essa é a realidade da vida a dar-nos uma chapadona na cara!</b><br />
<b><br /></b>
<b><span style="font-size: large;">O meu trabalho interior (entre muitos outros) agora é aceitar isso, e não lutar contra isso.</span></b></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-10522003028909355852017-05-16T18:00:00.000+01:002017-05-16T18:00:00.271+01:00Das Expectativas vs. Objetivos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: justify;">Acredito que somos seres em construção até ao dia em que morremos. Acredito que todos temos uma missão de vida e que uma das minhas é </span><b style="text-align: justify;">aprender</b><span style="text-align: justify;">. Sobre os outros e sobre mim própria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou <i>overachiever</i>. Gosto de dar aquele <i>extra mile</i>, é algo que me faz bem, que me satisfaz, que não é por "ser esforçada" (como muito me caracterizam), mas que é quase que por prazer. Gosto de fazer, de construir, de olhar para algo e pensar "eu fiz isto". Não gosto de procrastinar e fico a sentir-me culpada quando o faço. Estudei psicologia e por isso racionalizo as emoções e as formas de ser. Sou assim porque... Sinto-me assim porque...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por hábitos de crescimento, por formas de educação parental, porque estou condicionada a comportar-me assim... Porque sempre me recompensaram pelo esforço e hoje em dia isso está tão enraízado em mim que tenho dificuldades em relaxar se souber que tenho alguma obrigação pendente. Por outro lado, sabe-me extra bem o tempo de lazer (a que faço questão de me reservar), o <i>dolce far niente</i>, quando sei que tenho tudo o resto em ordem e controlado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Crio muitas expectativas. Em mim e nos outros. E coloco objetivos tão altos para mim mesma, que a sua não conclusão me provoca ansiedade. Como ser humano preparado para combater quaisquer emoções negativas que experiencie, a forma de reduzir a ansiedade é em alcançar aquele <i>overachievement</i>. Aquele eu fiz mais, aquela sensação de produtividade, aquela organização obsessiva. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>A minha forma de organizar o caos interior, é mantendo tudo o que me rodeia demasiado organizado.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dos maiores factores para a persistência de hábitos e formas de ser e pensar é a sua <b>funcionalidade </b>na nossa vida. Isto funciona para mim? Vivo bem assim? Sinto-me bem quando faço isto?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por um lado sim, por outro, definitivamente que não. Ao querer sempre <b>construir mais um bocadinho hoje em vez de amanhã</b>; ao querer sempre que o amanhã seja ontem; ao ter esta pressa que o tempo passe não sei para onde, eis que me dou com uma encruzilhada: estou com tanta pressa para quê? Para quê esta pressão que coloco? <b>Porquê atropelar os dias, querer viver o hoje mas já estar no amanhã?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIsp4p5qH2YnYzTInYbRLkFHaDyEV1bfe68UmsGoShQWIqZReTHqC-GdLHBQ75aGA2O9BuO-T_2GtQbGi9HErRBEyMudslVQrnaSFontJpQRTDQSNJvNZjOzR0efPmdD5RciSmlG0MP4CM/s1600/44128f054c4cfdcbce42fcc901b625c7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIsp4p5qH2YnYzTInYbRLkFHaDyEV1bfe68UmsGoShQWIqZReTHqC-GdLHBQ75aGA2O9BuO-T_2GtQbGi9HErRBEyMudslVQrnaSFontJpQRTDQSNJvNZjOzR0efPmdD5RciSmlG0MP4CM/s640/44128f054c4cfdcbce42fcc901b625c7.jpg" width="426" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isto leva-me a criar, para mim mesma, <b>expectativas</b>. Expectativas demasiado altas. Eu não posso estar à espera que o mundo ande como eu quero. Ele vai andar como tiver de andar. Quantas situações já vivi eu, fantásticas, que não me souberam assim tão bem porque eu já tinha uma ideia prévia de como deveria ser? Quantas vezes já magoei, chateei, irritei, desiludi pessoas de quem gosto tanto por criar expectativas nelas, ou por criar eu a expectativa de que elas vão ser assim ou fazer aquilo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passei muito tempo a achar que o problema estava nos outros! Eu é que estou um passo à frente e não tenho nada por fazer. Não percebo aquele espírito do "se não for hoje é amanhã" e este modo de pensar - que respeito, atenção, é só diferente do meu! - era um problema dos outros que se tornava meu, mas que eu não podia deixar que tornasse. Sim, a culpa de isso me afectar era só minha. As tais expectativas. De que os outros ou o mundo fizesse o que eu achava que devia ser feito, quando devia ser feito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As expectativas positivas/altas são muito boas porque é o nosso lado sonhador, ambicioso - e se há coisa que sou é sonhadora, ambiciosa. Ajudam-nos a manter um espírito positivo e nada é melhor que isso! (e sim, positivo atrai positivo e vice-versa!). Mas são más porque provocam desilusões!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As expectativas negativas/baixas são más porque tendemos a manter um estado de espírito mais pessimista, por outro lado, ficamos radiantes quando algo de muito bom e que não estávamos à espera, acontece.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Mas as expectativas, todas, de qualquer tipo, criam uma coisa: dependência. E eu tenho pavor a ser dependente. Eu não gosto, mesmo, de me sentir dependente de nada. <i>And, yet,</i> lá estou eu a depender das minhas próprias expectativas.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gosto de planear, de organizar, acho que isso não tem nada de mal e é 300% funcional para mim. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Mas tenho dificuldades em, por vezes, distinguir entre o que é um plano e o que é um objetivo.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se isto é funcional para mim? Expectativas irreais - ou expectativas, de todo! - Não.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os objetivos - sim!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não faz parte de mim viver à deriva, no <i>logo se vê</i>, no <i>faço amanhã</i>. Se é para fazer, é para fazer hoje. Tem de haver um caminho traçado e alguma espécie de plano que encaixa no tempo. Tem de haver <b>objetivos </b>e eles têm de ser cumpridos naquele tempo, não ficar só no plano da ideia, passar para a prática. Aliás, é isso que distingue um objetivo de uma ideia. Qual a urgência, perguntam-me tantas vezes? Não tenho resposta. É simplesmente um impulso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKRpBbUgRh9xKDTQ7Ll7W6DtSumZq4FGUfcfOKpsv0rGPuNCN-iDjfFztb96DHJk0cyOa5KZli4EcikuTNMAJ4x3un8UukMPVV8j1djpfhFEJ4g2HJN93N8e28fyeyoNKaBCmD26C72ZEg/s1600/93c8da6fdd956ba9bdcb3a8784d89e3f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKRpBbUgRh9xKDTQ7Ll7W6DtSumZq4FGUfcfOKpsv0rGPuNCN-iDjfFztb96DHJk0cyOa5KZli4EcikuTNMAJ4x3un8UukMPVV8j1djpfhFEJ4g2HJN93N8e28fyeyoNKaBCmD26C72ZEg/s1600/93c8da6fdd956ba9bdcb3a8784d89e3f.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, lá está, somos seres em construção e tenho desenvolvido um trabalho de introspeção para comigo mesma, colocando-me questões essenciais: porque é que eu tenho pressa? porque é que eu tenho tanta impulsividade ao agir? porque é que eu crio expectativas? vou morrer amanhã? sinto isto porque tenho medo de morrer? isto é um objetivo ou uma expectativa? ou será, porventura, uma esperança? um "eu não sei se vai dar, mas <i>espero </i>que...". estou a experienciar ansiedade com isto porquê? o amanhã é tão válido como hoje?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para algumas, a maioria, ainda não tenho respostas. E as perguntas são tão simples!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>As respostas, creio que vou conhecê-las ao viver mais tranquilamente. </b>Com mais calma. Não querer controlar tanto tudo. Tentar não sentir aquele sufoco que tem de ser agora, porque depois pode ser tarde demais. Deixar o tempo fluir mais e eu fluir com ele. Fazer uma limpeza espiritual. Procrastinar um bocadinho mais quando acho que mereço também não fazer nada, não responder logo ao email, pesquisar isto amanhã em vez de hoje, não fazer um <i>check </i>na minha <i>to-do list</i> de hoje. Não esperar tanto que as coisas corram assim ou assado. Não criar <i>essas </i>expectativas. Uma coisa tão simples para a maioria, um trabalho interior tão grande para mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Dizem-me que sou aflita, apressada, impulsiva e, por isso, distraída. E é verdade. É muito verdade. Eu respondo, às vezes a quem mo diz, às vezes só para mim mesma: eu tenho é urgência em viver.</b></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-8100208745356661812016-09-30T19:55:00.001+01:002016-09-30T19:55:11.865+01:00Novamente, nesta folha branca.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E aqui estou eu. Novamente, nesta
folha branca. O meu espaço de conforto. O meu espaço de maior expressão. Este
espaço que deixa de ser branco para ficar tão poluído, tão absorvente de tudo e
de nada, à medida que o corpo grita “preciso”. Preciso disto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O sonho<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A premonição.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Aquilo que o corpo grita.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Aquilo que realmente posso fazer com isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>A mudança<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O medo dela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O questionamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O arriscar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A liberdade que grita ser possível.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
As amarras que insistem em exercer a sua força.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
As amarras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Os contrastes<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
As inconsistências.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A ilusão de “é injusto”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A ilusão de “é o karma”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O merecimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Os conceitos<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
As obrigações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A troca de tempo para sobreviver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mas uma espécie de sobreviver que não é mais do que
sobreviver em troca de morrer<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Hora a após hora, dia após dia, semana após semana,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Quantificáveis em vida, em existência, em manutenção.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O tempo<br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Quanto custa uma hora da minha vida? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
É de alguma forma mensurável?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
É de alguma forma, uma hora da minha vida merecedora de uma
hora do meu declínio?<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
E o tempo para simplesmente ser?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
É este. Este é o meu tempo de ser. Este é o meu espaço para estar. </div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-36897579766147117712015-10-28T11:23:00.000+00:002015-10-28T11:23:00.564+00:00liberdade (imagem)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtmww12HRyPjLYKNzq1wYQoaNUqPs84n52RKYQVBfs7BRtQQWzTpbPiTilLK4uq6Va4PXIfpuRMqGL9DlqEblsJdo62k26ow5llP-LU0ojzC0P7_9jWdTe1Ox0plXvqaYjKj8yT9SGcmXi/s1600/tumblr_nomov6ZRdi1thk6vpo1_1280.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtmww12HRyPjLYKNzq1wYQoaNUqPs84n52RKYQVBfs7BRtQQWzTpbPiTilLK4uq6Va4PXIfpuRMqGL9DlqEblsJdo62k26ow5llP-LU0ojzC0P7_9jWdTe1Ox0plXvqaYjKj8yT9SGcmXi/s640/tumblr_nomov6ZRdi1thk6vpo1_1280.gif" width="640" /></a></div>
<br />Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-39885089682057487372015-10-28T00:52:00.000+00:002015-10-28T00:52:00.511+00:00fases<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwwHKJzYN6DBFiX3uOi23ORourmsTCp0L9bqazl-xW273eiyxDFvVwBrG06obK2_oUZmraFe1jE1srmLmXa8dWLaAQ9K6EFoEKak-fMFBjQyEAundi6jeYBCFWqKERR9cfGay3L3kBbs0o/s1600/11907127_496309640544652_45307715875780040_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwwHKJzYN6DBFiX3uOi23ORourmsTCp0L9bqazl-xW273eiyxDFvVwBrG06obK2_oUZmraFe1jE1srmLmXa8dWLaAQ9K6EFoEKak-fMFBjQyEAundi6jeYBCFWqKERR9cfGay3L3kBbs0o/s400/11907127_496309640544652_45307715875780040_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-91583191676409533002015-10-14T22:00:00.000+01:002015-10-14T22:00:03.392+01:00É o que é.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
É o que é.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Frase que ecoa na minha mente, tal como aqueles momentos em que não estamos lá quando estamos, estamos quando não estamos e pensamos muito neles, depois chega o momento e é como se não tivessemos lá nem nunca tivessemos pensado nisso.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Ali, naquele momento, é o que é. Não é o que podia ser, o que gostaríamos que fosse, ou como o idealizámos ou diabolizámos enquanto ali não estávamos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
É o que é.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A energia que gastamos a pensar no que não é e como não queremos que assim (não) seja, é energia mal gasta. Para quê? Para quê depositar tanta atenção no que <i>não é</i>? Porque não depositar fé no que simplesmente <i>é</i>?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Quando aceitamos que as coisas são, tão somente e só, como elas são, aí sim há espaço para mudança. Não de carácter obrigatório, mas desejado. Podemos estar neste limbo por tempo indeterminado. É a linha ténue entre o que é e o que queremos que seja, até começar a actuar para que atingemos tal fim. Ou, simplesmente, decidir não sair dali. Mudar é tão legítimo como não mudar.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Falo de amizades, família, amor, paixão, admiração. Falo de pequenas pedrinhas no sapato, nós nas emoções, coisas pequenas que não comprometem mas de, de vez em quando, inquietam. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Não há tempo limite para permanecer neste limbo. Este é o espaço no qual as ideias amadurecem. A aceitação pura do que simplesmente é, é um processo que envolve busca interior, crescimento, auto-conhecimento, recordação de memórias antigas, como se estas nos transportassem para aqueles momentos-chave, aquelas circunstâncias, aquelas pessoas e situações, que fizeram tudo ser o que é hoje e fizeram de nós as pessoas que somos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Diria que é uma forma de aprender a lidar com o que não podemos mudar. A aceitação é indubitavelmente o primeiro passo. Não podemos mudar as outras pessoas, não podemos mudar o passado, mas podemos mudar-nos a nós mesmos, a nossa perspectiva, as nossas crenças. Falo de pensar "queria que isto fosse mais assim", "quem me dera que aquilo tivesse sido menos assim e mais assim". Falo de transformar isto em "ok, daquela vez não fiz aquilo. mas da próxima vez, vou fazer, da próxima vez vou dizer". </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Não é resignação, não é conformismo, é transformar a insatisfação em motivação, neutralizar o que é tóxico, dar espaço para crescer o ímpeto de mudança. Mas é, sobretudo, a aceitação pacífica de que há e sempre haverá realidades que não podemos mudar, temos sim, que <a href="http://almaemestadopuro.blogspot.pt/2013/01/capacidade-de-adaptacao.html"><span style="color: #a64d79;">adaptarmo-nos nós a elas</span></a>.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
É um processo doloroso e gratificante. O de aceitar que... </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
É o que é.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheccpDVMkDdSDG-tviWszTnWX0wZmCwHyFgJKaZNOXIltID4-1Rpcy8QZf6myt9Vp7_FDX-yhSsg8FYuGOplMRwmBuPYNd86SU773JJuCmiRLmRiaekafd1MCJszaULdehUb9vxco7Zu5O/s1600/Screen+Shot+2015-10-14+at+13.05.30.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheccpDVMkDdSDG-tviWszTnWX0wZmCwHyFgJKaZNOXIltID4-1Rpcy8QZf6myt9Vp7_FDX-yhSsg8FYuGOplMRwmBuPYNd86SU773JJuCmiRLmRiaekafd1MCJszaULdehUb9vxco7Zu5O/s400/Screen+Shot+2015-10-14+at+13.05.30.png" width="367" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span id="goog_304691755"></span></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-34778352411278162015-10-04T19:05:00.000+01:002015-10-04T19:05:00.059+01:00<span style="font-size: large;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi52mqhCNLyH6BI5lT3VTwi6mymTUoVDqI9JIm0ZH1l1ilVrJnoe2U11BuPb4PkIu4TZ2CMl_Vab9NxVYULicKOB-ipZwmP1WR7cdxiKu10N760L1M027ZqNygWfUzO5917dMFksaYozPVt/s1600/fb55537910978b395a10e26b8d538b98.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi52mqhCNLyH6BI5lT3VTwi6mymTUoVDqI9JIm0ZH1l1ilVrJnoe2U11BuPb4PkIu4TZ2CMl_Vab9NxVYULicKOB-ipZwmP1WR7cdxiKu10N760L1M027ZqNygWfUzO5917dMFksaYozPVt/s400/fb55537910978b395a10e26b8d538b98.jpg" width="282" /></a></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Transformar o medo de perder, em gratidão pura.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-small;">É um exercício mental e espiritual...</span></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-30579794061670825062015-09-26T00:16:00.000+01:002015-09-26T00:16:00.104+01:00Escrever é uma forma de nunca morrer.<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgJT-oWAARP3qGhkQall5yZfv7CsgSbAdA8H6cLiq86aMWO5aLg-IydVhPkASZPahtbLChXeBqVkAlSqRIIqMxmzHgu_63sr_yhpW-BQPN3qqEF2zQh99CxdY7a7gEC9-l5wOje0hp9Po1/s1600/11866362_10154201086544899_6468660044978921996_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgJT-oWAARP3qGhkQall5yZfv7CsgSbAdA8H6cLiq86aMWO5aLg-IydVhPkASZPahtbLChXeBqVkAlSqRIIqMxmzHgu_63sr_yhpW-BQPN3qqEF2zQh99CxdY7a7gEC9-l5wOje0hp9Po1/s400/11866362_10154201086544899_6468660044978921996_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">De imortalizar.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">De permanecer.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">De vencer a </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">perecibilidade</span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"> da vida.</span></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-74605054331228739912015-09-09T21:01:00.000+01:002015-10-05T09:47:42.269+01:00Tangência de ser(es).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCCP254TKiMQHVzaujzNFy3xdp_gqDZh8qcaPzcvpNIhZaEwzxPgRSilr0cA7FGJzGAcW3HpmnYkzKpzB4g9EZ65-oqFFM3deri8VErqwCwAD0mm5P0NKGuHNvSMCccT_AWb98SiTf2PS0/s1600/1798486_10151982370876693_133126896_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCCP254TKiMQHVzaujzNFy3xdp_gqDZh8qcaPzcvpNIhZaEwzxPgRSilr0cA7FGJzGAcW3HpmnYkzKpzB4g9EZ65-oqFFM3deri8VErqwCwAD0mm5P0NKGuHNvSMCccT_AWb98SiTf2PS0/s400/1798486_10151982370876693_133126896_n.jpg" width="282" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Conceber uma realidade oposta à minha, que me é tangente, que toca no limite.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como seria ser o oposto? </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como seria ser algo que não faz parte de mim, e o faz ao mesmo tempo? </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Algo que sou, mas que por isso mesmo não o sou?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dói-me a dor de não ser, porque não conheço a dor de ser.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dói-me a insignificância de ser, mas como seria não o ser de todo?</span></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-69654465846896242532015-08-31T00:39:00.001+01:002015-08-31T00:45:16.927+01:0031082015<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZcrgHDQwHV2QsMJrBtCYmPg5Uv6ADPPZeVtXNscfCW036eQG7RSXqk7aH9QAoOCoP9pJVFAAuZXAsvjRzQ_t0KUG5_HPAw121WYoITRWp2eCY6g5vAORrDxtG8hWmXUurzs3xy05RFQWF/s1600/10628369_10153281445706664_1004717395518257835_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZcrgHDQwHV2QsMJrBtCYmPg5Uv6ADPPZeVtXNscfCW036eQG7RSXqk7aH9QAoOCoP9pJVFAAuZXAsvjRzQ_t0KUG5_HPAw121WYoITRWp2eCY6g5vAORrDxtG8hWmXUurzs3xy05RFQWF/s400/10628369_10153281445706664_1004717395518257835_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Nada possuímos. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nem utilidade há nenhuma</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em possuir nada.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Que possuis tu?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A tua alma? Os teus sentidos?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">As tuas vivências?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O teu corpo? </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">As sensações que constantemente buscas?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando possuis alguém,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Buscas uma pessoa</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ou uma outra sensação que não a de te possuíres apenas a ti próprio?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Será que possuis as palavras que proferes?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Possuíste-as tu ao aprender a usá-las?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ou possuem-te elas a ti?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nada possuímos. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nem mesmo a água que bebes e que de nós passa a fazer parte.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pois nem a ti te possuis,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">nem possuis nada.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nem utilidade há nenhuma</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em possuir alguma coisa.</span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/lkzWF1UE1CI" width="459"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-small;">(porque a liberdade passa pelo desprendimento, muitas vezes de coisas materiais em excesso)</span></div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-46307901112396798132015-08-28T01:19:00.000+01:002015-08-28T01:19:18.919+01:00maybe I don't own my own ideas, maybe they own me.<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6vImN1TqEPWPRya9WGw5HZVfkpWs3DptERfaZe6VwLMxk-4vaA8X3punfpQrgfGZxB0D3gN33E4Zky9EPGpVYuIgqkxQxcvG7NsBwgBW2o1SP31cchxgYBcrwL9VfDetiRCSF67WR5CEh/s1600/1422637_10152468323499899_1895214417_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6vImN1TqEPWPRya9WGw5HZVfkpWs3DptERfaZe6VwLMxk-4vaA8X3punfpQrgfGZxB0D3gN33E4Zky9EPGpVYuIgqkxQxcvG7NsBwgBW2o1SP31cchxgYBcrwL9VfDetiRCSF67WR5CEh/s400/1422637_10152468323499899_1895214417_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Fervilham os delírios de mente, deslizam as ideias e as abstracções. Não consigo apanhá-las, alcançá-las a todas, deixam de ser ideias mal se formam em si mesmas.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">São constantemente sugadas numa espiral de necessidade de as ordernar, de organizar o inorganizável, de fazer sentido de coisas que não fazem sentido de tanto sentido que fazem.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quero tanto metê-las <a href="http://almaemestadopuro.blogspot.pt/2015/08/as-dores-da-minha-existencia-3.html"><span style="color: #e69138;">nas caixas</span></a>, antes que desapareçam. Antes que se dissipem pelas frestas da (falta de) memória, ou do excesso de fluxo de... tudo. Antes que deixe de conseguir controlá-las.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Antes que deixem de fazer sentido.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas que outro sentido terão elas, senão a de não fazerem sentido nenhum?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Talvez o maior sentido e propósito delas será mesmo a de serem soltas, impassíveis de serem estruturadas, etiquetadas, e guardadas numa gaveta a fim de serem utilizadas mais tarde.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />Talvez não seja eu a dona das ideias, talvez sejam elas as donas de mim. Teimam em aparecer e desaparecer a seu bel-prazer, em voltar e em auto-concretizar-se, ou então, destinadas a ficarem para sempre no plano do meramente imaginável.</span></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-69793206990894029132015-08-26T00:00:00.000+01:002015-08-26T00:00:54.444+01:00As dores da minha existência #5<div style="text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBgBUo0rhQAqb96Ca7RED3j0sqjUr9VIUhOlkj3JLfI1th_EGzTkejCxAqnBzlloL5f9Kqt2XivjQNBN4hRnlpovoOS4CRRf6v_Nk4VyC5uHtp8_QMAy32zefcygFPYvlqEmRlkwx7hReR/s1600/1471947_10152440550554899_682173480_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBgBUo0rhQAqb96Ca7RED3j0sqjUr9VIUhOlkj3JLfI1th_EGzTkejCxAqnBzlloL5f9Kqt2XivjQNBN4hRnlpovoOS4CRRf6v_Nk4VyC5uHtp8_QMAy32zefcygFPYvlqEmRlkwx7hReR/s400/1471947_10152440550554899_682173480_n.jpg" width="300" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A alegria de ver cada dia</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Começar e acabar.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">De sentir o tempo a entranhar-se, a dissipar-se.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E ficar feliz.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E ficar triste.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O contentamento de ver essa estranha matéria que é o tempo,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">a fazer parte de si mesmo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">e a desintegrar-se de si mesmo.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A alegria de vivenciar os ciclos que iniciam e terminam.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(Ou não. Talvez seja tudo o mesmo ciclo)</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quanto mais tempo vou ver passar?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quantos mais dias vou ter a alegria de ver nascer </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E o contentamento de ver morrer?</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quantos mais ciclos irei percorrer?</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quantos mais sóis irão andar em espiral sob mim?</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Para essa questão, nem mesmo o tempo tem resposta.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXah41jRGs92CYGBidKuiUlAzxmFJfyu2m5t3Cgi8ur6mEDIZ3xfFZrUHq-NGAUvVk2R-EtfYTS18cDgwkXU8QJ6f39Wf4j4ptdxDEblk50gnlNexB39egeZSGxTL3fNd7CGduxOWw-38n/s1600/10580069_607115116064043_3077006929270285050_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXah41jRGs92CYGBidKuiUlAzxmFJfyu2m5t3Cgi8ur6mEDIZ3xfFZrUHq-NGAUvVk2R-EtfYTS18cDgwkXU8QJ6f39Wf4j4ptdxDEblk50gnlNexB39egeZSGxTL3fNd7CGduxOWw-38n/s400/10580069_607115116064043_3077006929270285050_n.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-5739760704180144652015-08-16T22:00:00.000+01:002015-08-16T22:00:03.771+01:00As dores da minha existência #4<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Da dualidade.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do contraste gritante.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O desassossego, a inquietação, a insatisfação, a exaltação, a busca constante por sensações fortes, tentando prolongar o prazo de validade da vida.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ou a resignação. A aceitação apática face à inutilidade de entrega total a essas sensações.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Uma resignação apática mas, de certa forma, de todas as formas até, feliz. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A estrutura, o querer arrumar, delinear, organizar, racionalizar, ter em ordem e sob controlo.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ou a liberdade. A fuga ao que é padronizado, a tudo o que é convencionalismo, estático e fechado a realidades alternativas.</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/MI4mEfPNiMw" width="480"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>- "és uma pessoa de extremos</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>- mas equilibrada q.b."</i>.</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-75307941678626399552015-08-12T00:31:00.000+01:002015-08-12T00:35:29.058+01:00Leitura de Aura II - A Revolta<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A contradição absoluta.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Do ser azul.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Azul forte. Brilhante.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Comunicação e poder de abertura.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sol. Reluzente. Com raios espalhados.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por cima dela.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Busca alimento aos outros.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Alimenta-se a si própria.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Luz. Em espiral.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Deixa a energia solta.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não a contém.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(que sentido faz contê-la?)</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Guia-se pela busca de sensações.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O que sente é o que é válido.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFY4BpVREXcqp7xpvuT22i71I6HTi2bk0J3gocTIJUwqZcTkJ2mfjHndM9CwhZYRH7uQ2rYRVphwAqmR6BrKeYMkQxzvmb4hrKSzdGyWMF-X3lUqQp3gHe86w3IYVKJmHnot60eD4Qmow3/s1600/10418367_10153276133744899_2319068656209382880_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFY4BpVREXcqp7xpvuT22i71I6HTi2bk0J3gocTIJUwqZcTkJ2mfjHndM9CwhZYRH7uQ2rYRVphwAqmR6BrKeYMkQxzvmb4hrKSzdGyWMF-X3lUqQp3gHe86w3IYVKJmHnot60eD4Qmow3/s400/10418367_10153276133744899_2319068656209382880_n.jpg" width="266" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Rosa com pétalas abertas.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas recontorcidas.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Viçosa e aberta.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Segura. Firme.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Gosta de se sentir e mostrar bonita.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A determinação. A obstinação.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sede de aprender.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Desejo de conhecer.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Querer saber. Questionar.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">De forma ingénua, expôr o que não sabe </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">- e o que quer saber. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Despretenciosamente.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn9qt6srgn2GCW2_cO_GrehHKV_UYNSBnZcr7P4ZEGAV-7TkAfhutrCuOAWBrSHuUxS3Xx6oDF7fYuE2dTkVhULtIs2CqamF6-CmoA4sH2PYkU1PAY75E1cdMhyMgy0nyqorRPfg7-nBuQ/s1600/10425438_10153465431769899_3150328876258314124_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn9qt6srgn2GCW2_cO_GrehHKV_UYNSBnZcr7P4ZEGAV-7TkAfhutrCuOAWBrSHuUxS3Xx6oDF7fYuE2dTkVhULtIs2CqamF6-CmoA4sH2PYkU1PAY75E1cdMhyMgy0nyqorRPfg7-nBuQ/s400/10425438_10153465431769899_3150328876258314124_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O passado que é hoje presente.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O totalmente inesperado. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O conforto. A tranquilidade. O à-vontade.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Preocupações.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Marcas, fortes.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Orgulho.<br />Acordos cumpridos.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas também faltas de compreensão.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Compreensão do simples ser.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os choques e os conflitos.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">São nós nas emoções.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Que insistem em não se desfazer.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Lembranças ultrapassadas, mas que atormentam e castigam.<br />Coisas que ficaram por dizer. E por resolver.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">As fragilidades. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A ingenuidade.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ficar sentida com os males do mundo.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Precisa criar uma protecção para se defender.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Para não ser sugada.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas não há remorsos, nem raivas, nem rancores, nem vinganças.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não há espinhos na rosa.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A alma jovem. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não tem raivas guardadas,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">mas há uma revolta.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A revolta de nunca conseguir dar o que quer.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O sufoco.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A constante sensação de que nunca é o suficiente. Nada o é.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Algo ou alguém trava-a de dar tudo o que tem para dar.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Acaba por impedir-se a si mesma de dar mais por acreditar que nunca nada será suficiente.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">As dúvidas existenciais.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A noção de insignificância.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A efemeridade da passagem.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ainda assim, em paz.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com o conflito interno, com o equilíbrio desequilibrado.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com a revolta do não conseguir ser o suficiente.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Está em paz.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A contradição.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-small;">Tudo isto e tanto mais.</span></div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-28384916331442301062015-08-09T01:53:00.001+01:002015-08-09T02:40:18.930+01:00As dores da minha existência #3<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzdAwatPa-3coEFtlIGG4I1lkaJh8yuqGxuwikO_NETUQnpnTOIOXqkjAk6CdrxvfK5p8SB6Shh9REK4lOtqYzFU8c2nbacRJLf6RzJ3CcsV9DspXCvAtEwUSrxC8iZjn6HfOzbIl_T2is/s1600/714-chest-of-drawers-wooden-cabinet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzdAwatPa-3coEFtlIGG4I1lkaJh8yuqGxuwikO_NETUQnpnTOIOXqkjAk6CdrxvfK5p8SB6Shh9REK4lOtqYzFU8c2nbacRJLf6RzJ3CcsV9DspXCvAtEwUSrxC8iZjn6HfOzbIl_T2is/s400/714-chest-of-drawers-wooden-cabinet.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quero arrumar as minhas experiências e estados emocionais (e existenciais) em pequenas gavetas numa cómoda, arrumados, limpos, em ordem. Que possa eu abri-los e fechá-los a meu bel-prazer. Mas já aceitei a realidade inalienável e inerente às sensações, de que estas são compostas por uma complexidade que foge a si mesma, que flui demasiado e que se desliza por entre as frestas do pensamento. Não dá para colocá-los em caixas.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Estrutura. Preciso de estrutura.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Liberdade. Preciso de liberdade.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(sobretudo de mim mesma).</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><i>- "até tu de vez em quando te enlouqueces a ti própria!"</i></span></div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-84726805415444223662015-07-27T15:43:00.004+01:002015-08-09T02:03:44.563+01:00As dores da minha existência #2<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Tudo é em vão, e nada é em vão.</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Já por dois momentos (determinantes) na minha vida me disseram que não sou uma pessoa <i>kármica</i>. Que sou livre de rancores, raivas, ressentimentos. Que tenho uma alma jovem e que pouco sofreu. Apesar de algumas revoltas que em mim residem, mas que não me tiram o sono.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Mas não sou livre de dores e questionamentos. Escrevo sobre a existência para fazer algum sentido dela porque no fundo sei que assa mesma existência é uma coisa vã.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Mas não o é.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
O facto de ser e não o ser ao mesmo tempo é a minha grande dor de existência.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Mas é uma dor tranquila, uma dor pacífica, uma dor que, também ela, não o é. Pois já aceitei a frivolidade da dor, da existência, do ser, de mim, do mundo e de tudo. E de nada.<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/S-a99Ds3NHI" width="459"></iframe></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-18041656038862567222015-07-27T15:43:00.002+01:002015-08-09T02:03:50.475+01:00As dores da minha existência #1<div style="text-align: center;">
A unicidade da existência é uma falácia sem início nem fim.<br />
<br />
Sem início porque nada tem um fim para se iniciar de novo. Os ciclos que começam e acabam, são só ciclos que se repetem em si mesmos, dizemos que começam e acabam para não dizer que o ponto inicial e o ponto final, na realidade, apenas se emergem um no outro.<br />
<br />
Tal como as vivências; acreditamos que cada uma é diferente, distinta, única - mas todas as vivências são diferentes, distintas e únicas, pelo que nenhuma o é, verdadeiramente.<br />
<br />
E como seria, se fosse? Como seria se um de nós, e apenas um - de outro modo deixaria de satisfazer o propósito deste cenário hipotético - fosse tão distinto de todos os outros, que nem mesmo a sua <i>distintividade</i> o tornasse apenas em <i>mais um,</i> igual e repetido, como todos os restantes da sua espécie?<br />
<br />
Seria uma bênção? Seria um fardo?<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Seria tão doloroso ser-se diferente como o é ser-se igual?</span></b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/YEMvZNAYN5g" width="480"></iframe>
<br />
Sejamos diferentes, sejamos inovadores, queiramos <i>ser intensamente como nunca ninguém foi ou alguma vez será</i>. Mas tenhamos sempre presente que nada disso é real... que todas as existências são insignificantes em si mesmas. E por isso são todas diferentes. E por isso são todas iguais.</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-26511024164814509012015-06-01T02:19:00.000+01:002015-08-09T02:19:39.076+01:00Leitura de Aura I - O Sol dividido<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um sol quebrado. Partido ao meio. Rasgado como se de papel
se tratasse, rasgado com uma leveza e uma naturalidade inerentes a quem é
consistente na sua inconsistência. Um sol dividido em metades. Metades que se
completam, complementam e simultaneamente se auto-destroem; tão mutuamente
exclusivas quanto as faces de uma mesma moeda. Separados, mas em conjunto.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Versatilidade. Corre atrás de si mesma numa busca que é
constante, mas que na sua essência acaba por ser falsa; o desejo de se auto-descobrir sobrepõe-se à realidade
de que está tudo mais do que a descoberto. Que é uma versatilidade de ser tudo e
de não ser nada. E balanceia de um lado para o outro, com a mesma subtileza com que houveram sido criados os dois pólos extremos entre os quais se balanceia. Entre o congruente e o incongruente, o sensato e o <i>nonsense</i>, a terra e o ar, a
estabilidade e a liberdade. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quer e não quer ao mesmo tempo, é e não é, sente e não
sente, é tão absurdo este vai e vem de seres, de sentires, esta instabilidade
tão permanente de uma inquietude que já se habituou a si própria.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E assim, de dia para dia, a existência torna-se num absurdo absoluto; tem consciência de si mesma, busca-se a si mesma, encontra-se
todos os dias de forma diferente. Porque tudo é possível, principalmente a volatilidade quase irreal ou
inimaginável das almas. É confusa e, por isso mesmo, é plena. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/6dJAnlG7nLc" width="459"></iframe></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-70330591916617985852014-09-08T16:48:00.001+01:002014-09-08T16:55:18.169+01:0008092014Na nossa condição de humanos, buscamos sempre algum tipo de significado. E algum tipo de destino para além daquele que é inevitável. Esquecemo-nos o quão absurdo tudo é. O quão absurdo é, inclusive, pensar e viver segundo o mote de "viver o momento, porque o momento conta". Por ser tão absurdo, em si, acaba por fazer todo o sentido.<br />
<br />
Na nossa condição de humanos, resignamo-nos ao simples crer. Um crer, também ele, absurdo. Este crer não tem de necessariamente estar relacionado com religião de qualquer tipo. Pode ser, simplesmente, crer que havemos de ir para um lugar melhor. Que havemos de ser recompensados, por termos sido pessoas boas. Que as coisas boas acontecem às pessoas boas (e vice-versa); assim sendo, vale a pena sermos pessoas boas. Felizes daqueles que acreditam nesta parvoíce. Somos educados a acreditar que o bom pertence aos bons e o mau pertence aos maus. Estes conceitos de bom e mau, certo e errado, tão fixados no tempo e no espaço, tomados como absolutos e inquestionáveis, regem a nossa conduta, as nossas atitudes, a nossa presença no mundo e perante os outros.<br />
<br />
Na nossa condição de humanos, estamos limitados a viver sob ilusões funcionais. Nada disto é real, mas julgamos que o é.<br />
<br />
Daqui surge o Karma. As correntes de pensamento positivo. As religiões. Os signos do zodíaco e as pseudo-ciências. A própria ciência!... Apenas formas, meios e ferramentas diferentes de atingir um mesmo fim: o de conseguir viver, de forma funcional e inalterável, com a realidade com que nos deparamos; aprendemos e agimos apenas para lhe dar significado.<br />
<br />
Tecemos uma teia de mecanismos e estratégias para nos auto-convencermos que estamos aqui com algum propósito, que existe algum propósito fundamental de todo. Tornar previsível o imprevisível, criar relações (completa e provavelmente) ilusórias de causa-efeito, deslindá-las e analisá-las infimamente, criar uma noção de todo, de lógico, de absoluto, de intocável. É assim porque é.<br />
<br />
A fé, seja ela num qualquer deus ou numa crença ilusória de que eventualmente iremos receber de volta aquilo que demos, que educamos a nossa alma para "o bem" ou para "o mal" e para que, num outro mundo, numa outra vida, numa outra realidade paralela, possamos obter esse bem ou mal para o qual a nossa alma foi educada. Aquilo que, no fundo, merecemos.<br />
<br />
Não obstante, e como em tudo na vida (nesta vida...), há que não só olhar, mas ver, todas as realidades tomadas por certas, sob um prisma mais crítico. (Nem tudo é explicável, nem tudo é inexplicável). O acreditar e viver como se uma realidade desejada fosse, de facto, uma realidade vivida, é não só funcional, como pode ter o seu fundo de verdade. (mas, afinal, o que é isto que entendemos como <i>verdade?</i>!)<br />
<br />
É, assim, um acreditar consciente e racional em algo que se acredita ser real mas que só é real porque se acredita, e porque existe alguém para acreditar. existe realmente. Confuso? Complexo? Talvez.<br />
<br />
Somos assim, na nossa condição de meros humanos, confusos e complexos, ou por outro lado, tão simples e primitivos e animalescos, que até o acto mais desinteressado e altruísta está impregnado de "eu" e "ego" e é motivado e movido pela necessidade humana de dar significado ao que não o tem.<br />
<br />
A consciência desta realidade - ou de realidades dentro de realidades - é uma experiência complexa, dolorosa e paradoxal. Simultaneamente causa euforia e apatia, realização e frustração, plenitude e uma falta-de-tudo. Sobretudo, de chão.<br />
<br />
E, no entanto, somos felizes (alguns de nós, pelo menos). Os esforços investidos em dar significado ao <i>insignificável</i>, não são em vão - por alguma razão eles existem.<br />
<br />
Dizem que o saber - não no sentido de saber coisas, conceitos ou matérias em concreto, mas sim o saber de ter consciência, o de "saber que não sabe, mas querer saber" - é oposto à felicidade. Ao longo da minha vida observo paradoxos vivos desta ideia. Eu própria sou um paradoxo disto mesmo. De tudo o que escrevi acima.<br />
<br />
Sou feliz. Por vezes - na maioria das vezes - dolorosamente feliz.Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-90723290217679829592013-11-20T12:45:00.002+00:002013-11-20T12:45:26.185+00:0020112013<div style="text-align: center;">
Sempre achei as perspectivas diferentes que as outras pessoas nos trazem são sempre uma forma de crescimento e de evolução pessoal. Que as passagens, sejam elas breves ou duradouras, das outras pessoas na nossa vida, são uma fonte abundante de aprendizagem. Que há sempre uma razão pela qual recebemos tantos inputs de diferentes personalidades, formas de estar, formas de olhar as coisas, hábitos, crenças. Que a fusão de diferentes vivências e backgrounds e o confronto das mesmas com as nossas próprias experiências e backgrounds, é fundamental. E que a selecção adequada do que retiramos de todas essas</div>
<div style="text-align: center;">
situações e pessoas, faz da vida o que ela é.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
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Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-88104516164719530572013-10-15T15:19:00.001+01:002013-10-15T15:21:49.059+01:00Der Himmel kann warten - Teil 2 <div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PLu-nVdiWFMO7sxpnOQG9_eBNhDxJ6XtTB" width="425"></iframe></div><div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: large;"><br />
</span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: magenta; font-size: large;">"How much do I not give a fuck?</span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: magenta; font-size: large;">Let me show you right now 'fore you give it up!"</span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: magenta; font-size: large;"><br />
</span></b></div><div style="text-align: center;">Arca <b>Focus </b>(Stretch 1, 2012)</div><div style="text-align: center;">James Blake <b>Retrograde </b>(Overgrown, 2013) </div><div style="text-align: center;">Moby <b>Blindness </b>(Everyone Is Gone, 2013)</div><div style="text-align: center;">Natalie Imbruglia <b>Leave Me Alone</b> (Left Of The Middle, 1997)</div><div style="text-align: center;">Kanye West <b>On Sight</b> (Yeezus, 2013)</div><div style="text-align: center;">Arca <b>Ass Swung Low</b> (Stretch 1, 2012)</div><div style="text-align: center;">Kylie Minogue <b>Chocolate </b>(Body Language, 2003)</div><div style="text-align: center;">Francois-Rene Duchable <b>Prelude, Op. 28, No. 4 </b>(Frédéric François Chopin, 1839)</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div>Alex Pagehttp://www.blogger.com/profile/01236055121192002104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-282801226011636172013-07-26T23:56:00.005+01:002013-07-27T00:05:24.853+01:00 «O Ano da Morte de Ricardo Reis», José Saramago - algumas citações Parte II <br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyVEDFuBmuPMgJOE1ennu0d14VFEomxzPJTnkYdcVsjZWSO0mZeiAgox-wZJQCGCf1_04dj-XmzYumde-adRZAFqFF1zyEbgQw89azMlE3ukTXSVuJPSz_M4f7zqDHD9kIhcCpt6CbnMaK/s1600/saramago.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyVEDFuBmuPMgJOE1ennu0d14VFEomxzPJTnkYdcVsjZWSO0mZeiAgox-wZJQCGCf1_04dj-XmzYumde-adRZAFqFF1zyEbgQw89azMlE3ukTXSVuJPSz_M4f7zqDHD9kIhcCpt6CbnMaK/s320/saramago.jpg" width="320" /></a><b>Confesso que quando dei com este livro numa das minhas prateleiras, na busca espontânea de algo para ler, depois de terem passado meses desde que tinha pegado num livro fora do contexto académico, enfim, como estava a dizer, confesso que quando dei com este livro do fabuloso autor José Saramago, e sendo que a minha escolha recaiu no facto de este ser um dos livros da quase inteira colecção que tenho deste senhor e que ainda não tinha lido, as minhas expectativas eram baixas. Afinal, ao pé de um Memorial do Convento (mesmo tendo começado a ler por obrigação académica, acabei por ficar apaixonada e felicíssima por ter feito uma descoberta da literatura como esta), ao pé d'uma Viagem do Elefante, ao pé das Intermitências da Morte, dos Ensaios sobre a Cegueira e sobre a Lucidez... perto de tudo isto, que interesse tinha este livro? No início as minhas expectativas foram confirmadas, não estava a gostar, estava muito bored, estava quase a obrigar-me a ler. Mas capítulo após capítulo, após cada parágrafo de 3 páginas e meia sem um ponto afinal, fui-me apaixonando cada vez mais, tanto pela forma como pelo conteúdo, pelo estilo literário genial que me faz sentir que não estou a ler mas sim simplesmente a pensar, a forma como as palavras são usadas, a ironia, o sarcasmo, numa forma tão fluída e contínua, sem espaços para travessões desnecessários. O conteúdo, a história meio fictícia meio real, os temas abordados se uma forma única. Enfim, este livro está a revelar-se delicioso! <span style="font-size: x-small;">[Já para não falar nas claras influências que isso tem na minha própria forma de escrever, que não consigo evitar parar de escrever vírgulas.]</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>Aqui estão mais algumas citações da minha leitura nas últimas semanas (sim, porque este livro tem quase 700 páginas, leva o seu tempo para digerir). <span style="font-size: x-small;">(Na realidade, as citações que sublinhei e tomei nota são bem mais que estas, mas achei que seriam demais e resolvi escolher as melhores, na minha opinião).</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>" (...) um homem não vai menos perdido por caminhar em linha recta".<br /><br />"Um homem deve ler de tudo, um pouco ou o que puder, não se lhe exija mais do que tanto, vista a<br />curteza das vidas e a prolixidade do mundo. "<br /><br />"(...) e Fernando Pessoa dirá, Só estando morto assistimos, e nem disso sequer podemos estar certos,<br />morto sou eu e vagueio por aí, paro nas esquinas, se fossem capazes de ver-me, raros são, também pensariam que não faço mais que ver passar, não dão por mim se lhes tocar, se alguém cair não o posso levantar, e contudo eu não me sinto como se apenas assistisse, ou, se realmente assisto, não sei o que em mim assiste, todos os meus actos, todas as minhas palavras, continuam vivos, avançam para além da esquina a que me encosto, vejo-os que partem, deste lugar donde não posso sair, vejo-os, actos e palavras, e não os posso emendar, se foram expressões de um erro, explicar, resumir num acto só e numa palavra única que tudo exprimissem de mim, ainda que fosse para pôr uma negação no lugar duma dúvida, uma escuridão no lugar da penumbra, um não no lugar de um sim, ambos com o mesmo significado, e a pior de tudo talvez nem sejam as palavras ditas e os actos praticados, o pior, porque é irremediável definitivamente, é o gesto que não fiz, a palavra que não disse, aquilo que teria dado sentido ao feito e ao dito, Se um morto se inquieta tanto, a morte não é sossego, Não há sossego no mundo, nem para os mortos nem para os vivos, Então onde está a <br />diferença entre uns e outros, A diferença é uma só, os vivos ainda têm tempo, mas o mesmo tempo lhes vai acabando, para dizerem a palavra, para fazerem o gesto, Que gesto, que palavra, Não sei, morre-se de a não ter dito, morre-se de não o ter feito, é disso que se morre, não de doença, e é por isso que a um morto custa tanto aceitar a sua morte, Meu caro Fernando Pessoa, você treslê, Meu caro Ricardo Reis, eu já nem leio. Duas vezes improvável, esta conversação fica registada como se tivesse acontecido, não havia outra maneira de torná-la plausível. "<br /><br />"(...) de todo o tempo o mais rápido é o da paixão".<br /><br />"Tem o relógio horas tão vazias que, breves mesmo, como de todas é costume dizermos, excepto aquelas a que estão destinados os episódios de significação extensa, consoante ficou a ntes demonstrado, são tão vazias, essas, que os ponteiros parece que infinitamente se arrastam, não passa a manhã, não se vai embora a tarde, a noite não acaba."</i></div>
<br />Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-13126544951874061542013-07-24T20:23:00.001+01:002013-07-24T20:26:11.895+01:0024072013Esta precisão meticulosa. Da atenção excessiva aos fenómenos de causa-efeito. O que causou o quê, o que levou a quê, em torno do que gira o mundo, que interacções e relações em si contém.<br />
<br />
Exploro de forma intensiva e extensiva, em tudo o que me rodeia, me compõe e o que respiro, o que sou, o que faz com que seja quem e o que sou, o que leva ao que acontece e o desenrolar dos eventos, porquê?<br />
<br />
Creio sem qualquer dúvida em pequenas coisas, absurdas e sem o mínimo sentido, pela pura, impulsiva, diria mesmo instintiva necessidade de simplesmente poder compreender, saber, aprender, explicar, descrever e, em última análise, objectivo derradeiro, predizer. Assim, na minha busca constante pelo poder preditivo e intensa vontade de tudo poder controlar, crio energias em meu redor. Acabo por me auto-condicionar, com um sistema de crenças fortemente enraízadas, crenças que me dominam e, no fundo, identificam, como pano de fundo. Faço-o de um modo simultaneamente consciente e inconsciente, sei o que faço sem saber <br />
bem o porquê, sem entender realmente as minhas próprias motivações. <br />
<br />
E assim, perco-me, em mim mesma, como numa espiral, hora após hora, dia após dia, semana após semana, por momentos nem sinto que o tempo realmente <i>passa</i>, penso ao invés que o tempo é algo que simplesmente <i>é</i>. <br />
<br />
Acabo por ser eu apenas, na minha expressão mais pura, do que eu sou, sem rodeios.<br />
<br />
[https://www.youtube.com/watch?v=hlCn9_3Ip7k]Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3673754223907110805.post-37905855140934028432013-07-07T23:00:00.000+01:002013-07-07T23:00:01.756+01:00«O Ano da Morte de Ricardo Reis», José Saramago - algumas citações<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Podia fazer uma<i> review </i>a este livro, podia fazer uma <i>review</i> a todos os livros que leio, mas para quê? As palavras do autor, ou pelo menos algumas delas, falam por si, dizem tudo o que há a dizer e ainda nos (ou pelo menos a mim) deixam a reflectir.</span></span></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“
(…) o táxi arranca, o motorista quer que lhe digam, Para onde, e esta pergunta,
tão simples, tão natural, tão adequada à circunstância e ao lugar, apanha
desprevenido o viajante, como se ter comprado a passagem no Rio de Janeiro
tivesse sido e pudesse continuar a ser resposta para todas as questões, mesmo
aquelas, passadas, que em seu tempo não encontraram mais que o silêncio, agora
mal desembarcou e logo vê que não, talvez porque lhe fizeram uma das duas
perguntas fatais, Para onde, a outra, e pior, seria, Para quê.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Vivem em nós inúmeros, se penso ou sinto, ignoro quem é que pensa
ou sente, e, não acabando aqui, é como se acabasse, uma vez que para além de pensar
e sentir não há mais nada. “</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“A evidência da morte é o véu com que a morte se disfarça”.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“E as pessoas nem sonham que quem acaba uma coisa nunca é aquele
que a começou, mesmo que ambos tenham um nome igual, que isso só é que se
mantém constante, nada mais.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“As coisas da fisiologia são complicadas, deixemo-las para quem as
conheça, muito mais se ainda for preciso percorrer as veredas do sentimento que
existem dentro dos sacos lacrimais, averiguar, por exemplo, que diferenças
químicas haverá entre uma lágrima de tristeza e uma lágrima de alegria, decerto
aquela é mais salgada, por isso nos ardem os olhos tanto”.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Ricardo
Reis faz um gesto com as mãos, tacteia o ar cinzento, depois, mal distinguindo
as palavras que vai traçando no papel, escreve, Aos deuses peço só que me
concedam o nada lhes pedir, e tendo escrito não soube que mais dizer, há
ocasiões assim, acreditamos na importância do que dissemos ou escrevemos até um
certo </span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">ponto,
apenas porque não foi possível calar os sons ou apagar os traços, mas entra-nos
no corpo a tentação da mudez, a <a href="http://www.blogger.com/null" name="28"></a>fascinação da imobilidade, estar
como estão os deuses, calados e quietos, assistindo apenas.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“(…) são
assim os periódicos, só <a href="http://www.blogger.com/null" name="30"></a>sabem falar do que aconteceu, quase
sempre quando já é tarde de mais para emendar os erros, os perigos e as faltas,
bom jornal seria aquele que no dia um de Janeiro de mil novecentos e catorze
tivesse anunciado o rebentar da guerra para o dia vinte e quatro de Julho,
disporíamos então de quase sete meses para conjurar a ameaça, quem sabe se não iríamos
a tempo, e melhor seria ainda se aparecesse publicada a lista dos que iriam
morrer, milhões de homens e mulheres a ler no jornal da manhã, ao café com
leite, a notícia da sua própria morte, destino marcado e a cumprir, dia, hora e
lugar, o nome por inteiro, que fariam eles sabendo que os iam matar, que faria
Fernando Pessoa se pudesse ler, dois meses antes, O autor da Mensagem morrerá
no dia trinta de Novembro próximo, de cólica hepática, talvez fosse ao médico e
deixasse de beber, talvez desmarcasse a consulta e passasse a beber o dobro,
para poder morrer antes.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“O
espelho, este e todos, porque sempre devolve uma aparência, está protegido contra
o homem, diante dele não somos mais que estarmos, ou termos estado, como alguém
que antes de partir para a guerra de mil novecentos e catorze se admirou no uniforme
que vestia, mais do que a si mesmo se olhou, semsaber que neste espelho não tornará
a olhar-se, também é isto a vaidade, o que não tem duração. Assim é o espelho, suporta,
mas, podendo ser, rejeita. Ricardo Reis desviou os olhos, muda de lugar, vai, rejeitador
ele, ou rejeitado, virar-lhe as costas. Porventura rejeitador porque espelho também.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">"(...) porque certas
perguntas são feitas apenas para tornar mais explícita a ausência de
resposta".</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="usercontent"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“</span></i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Hoje
é o último dia do ano. Em todo o mundo que este calendário rege andam as pessoas
entretidas a debater consigo mesmas as boas acções que tencionam praticar no
ano que entra, jurando que vão ser rectas, justas e equânimes, que da sua
emendada boca não voltará a sair uma palavra má, uma mentira, uma insídia,
ainda que as merecesse o inimigo, claro que é das pessoas vulgares que estamos
falando, as outras, as de excepção, as incomuns, regulam-se por razões suas
próprias para ser em e fazerem o contrário sempre que lhes apeteça ou
aproveite, essas são as que não se deixam iludir, chegam a rir-se de nós e das
boas intenções que mostramos, mas, enfim, vamos aprendendo com a experiência, logo
nos primeiros dias de Janeiro teremos esquecido metade do que havíamos
prometido, e, tendo esquecido tanto, não há realmente motivo para cumprir o
resto, é como um castelo de cartas, se já lhe faltam as obras superiores, melhor
é que caia tudo e se confundam os naipes.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Não
digamos, Amanhã farei, porque o mais certo é estarmos cansados amanhã, digamos
antes, Depois de amanhã, sempre teremos um dia de intervalo para mudar de
opinião e projecto, porém ainda mais prudente seria dizer, Um dia decidirei
quando será o dia de dizer depois de amanhã, e talvez nem seja preciso, se a
morte definidora vier antes desobrigar-me do compromisso, que essa, sim, é a
pior coisa do mundo, o compromisso, liberdade que a nós próprios negámos.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“(…) finalmente
o ponteiro dos minutos cobre o ponteiro das horas, é meia-noite, a alegria duma
libertação, por um instante breve o tempo largou os homens, deixou-os viver
soltos, apenas assiste, irónico, benévolo, aí estão, abraçam-se uns aos outros,
conhecidos e desconhecidos, beijam-se homens e mulheres ao acaso, são esses os
beijos melhores, os que não têm futuro.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE6-3lnOcV7KnQ-oG4waL8oVI_9IQrowUtDg51WAV-nSLa7wH0RlxKdGQYpxU9BZCy42fe4-ekCgt0ANJ3mEDdE7OP4n4xQmhFAsukI-iYixfXoQb4KTkYBmEzLWAU9AD10osJ-NVTlqNV/s1600/IMG_20130702_152205.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE6-3lnOcV7KnQ-oG4waL8oVI_9IQrowUtDg51WAV-nSLa7wH0RlxKdGQYpxU9BZCy42fe4-ekCgt0ANJ3mEDdE7OP4n4xQmhFAsukI-iYixfXoQb4KTkYBmEzLWAU9AD10osJ-NVTlqNV/s400/IMG_20130702_152205.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0