quarta-feira, 22 de maio de 2013

poema #2

Esmagador 
Ensurdecedor 
Este silêncio absoluto 
E o absurdo 
Desta banal e repetida 
Existência 
Corrói, como ácido, 
Todo e qualquer equilíbro. 

Caminho em direcção ao Caos. 
E a desordem total 
Apodera-se de mim. 
Gosto de sentir a liberdade 
Em estado puro. 

Mas 
É demasiada e dói. 
Queima. 
Quero um pouco menos. 
Um pouco menos de tudo. 
Um pouco menos de nada. 
Um pouco menos disto. 

 Estou condenada à trivialidade 
Da minha própria mente 
Como um corredor da morte 
Que acaba num completo acaso 
Na completa falta de sentido. 
Neste quarto existem 
Buracos negros
Vazios que doem. 
Silêncios que gritam. 
Lacunas por preencher.

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