sábado, 24 de novembro de 2012

Tempo de Mudanças – drásticas // Mudanças Precisam-se

Sempre que penso em que ponto se encontra a minha vida neste momento, sempre que páro para reflectir, sobre o passado, o presente e o futuro – e faço-o muitas vezes - o meu referencial é o ano que passei em Amesterdão. É sempre como era antes e como é agora, depois. É sempre antes-Amesterdão e depois-Amesterdão. E, geralmente, tende sempre a ser uma comparação negativa, que voltar foi mau, foi um passo gigante atrás na minha vida depois de ter vivido, experienciado e crescido tanto, que é uma re-adaptação, e até mesmo que significa voltar ao normal, voltar a ser quem era e a viver a vida que vivia, o que tem uma conotação menos boa, porque, lá está, o ano em Amesterdão foi um “upgrade” à minha pessoa em todos os sentidos possíveis e imaginários.


Porém, ultimamente, tenho-me deparado com uma perspectiva um pouco diferente dessa. O facto de ter voltado não tem de significar um passo atrás, mas sim apenas a segunda parte do processo de mudança que se iniciou há (um pouco mais de) um ano. Que a evolução é contínua, que as descobertas e as aprendizagens continuam a ser constantes, que a cada dia que passa desperto mais e melhor, que estou mais focada e mais consciencializada do que me rodeia, e tenho mais a certeza do que quero, e do que tenho de fazer para obtê-lo, e os meus horizontes se abrem cada vez mais.

Sinto-me em plena fase de transformação, mas sobretudo, sinto que a minha vida precisa de mudanças ainda maiores. Sinto esta urgência em mudar, em ir mais longe, em fazer melhor, em perseguir o que me faz feliz, ou o que agora acho que me irá fazer mais feliz (e mesmo se não fizer, com o tempo irei descobrir). Tenho esta vontade imensa de continuar, uma aversão horrorosa à estagnação, ao conformismo, ao achar que “é isto, e a vida nada mais tem para me dar”, e “pronto, agora voltei, voltei a viver debaixo das saias da mamã, no conforto e no quentinho, não saio mais daqui”. Que horror!!!!!!

Uma das razões que me levam a escrever isto, entre outras, é o de que estou farta de depender dos meus pais. Eles fazem, fizeram e fariam tudo por mim e para me ver feliz, é certo, mas ao mesmo tempo, sinto, muitas mas mesmo muitas vezes, que por isso mesmo eles me têm sobre controlo, de certa forma tenho a sensação que lhes devo algo constantemente, sinto que eles acham que podem tomar parte das minhas decisões precisamente porque me ajudaram a ser o que sou hoje e a pensar como penso hoje. Mas na realidade, a ideia de continuar a ser uma menina de sorte e protegida pelos meus pais, por exemplo, aterroriza-me. Estou a detestar esta dependência, em todos os sentidos, não só física (essa é a que quero acabar primeiro) como emocional e psicológica. Eu amo os meus pais, mas depois de ter provado a liberdade e a independência, não quero outra coisa. Eu amo a minha mãe, mas a voz dela cada vez me irrita mais sempre que me pergunta se já jantei, o que vou jantar e quando vou jantar; eu sei que ela o faz apenas por pura preocupação e até me sinto mal por dizer isto, mas irrita-me! Penso que já tenho idade suficiente para decidir o que vou jantar, quando vou jantar, e até se vou jantar. Eu amo o meu pai, mas cada vez me irrita mais que ele quase me proiba de sair de casa à noite; mais uma vez, sei que é por preocupação e amor, mas eu acho que já tenho idade suficiente para que não me diga, todos os dias “não quero que saias à noite”. Estas são coisas pequenas que não têm importância nenhuma, no fundo: eu acabo por jantar quando quero e não quando a minha mãe diz, e se me apetecer, vou muito bem sair à noite. Mas estes exemplos pequenos são coisas que se propagam para coisas, situações e decisões maiores. O que fazer com a minha vida daqui para a frente, agora que estou a acabar a licenciatura? Eu tenho montes de ideias e planos, mas sou eu que decido? Claro que não. Segundo os meus pais, eu tenho de fazer isto, isto e aquilo, assim, por esta ordem, porque é o melhor para mim, porque eles sabem o que é melhor para mim, e porque assim é que é “bem feito”.  E depois ainda me dizem que é para meu bem. Claro que é, nunca duvidei de que eles apenas querem o meu bem, mas nesta altura da minha vida, eu quero poder decidir o que é bom ou não para mim. Eu sei que vou sentir falta, um dia, disto: de ter alguém que me pergunte quando vou jantar, ou de ter alguém a quem ligar quando tenho um problema que, depois de tentar resolver sozinha, não consegui (senti muita falta disso quando estive em Amesterdão, de ter de me “desenmerdar” sozinha quando ainda faltava uma semana para acabar o mês e o dinheiro já tinha ido todo, mas por uma questão de orgulho, recusava-me a ligar aos meus pais para pedir mais). Mas por agora, quero libertar-me disto à força toda! Estou mesmo farta, farta, desta sensação de ter de depender dos meus pais a nível financeiro (maioritariamente, os trabalhos que vou arranjando obviamente não dão para subsistir independentemente a nível completo), cada nota de 10 euros que a minha mãe me dá é uma facada no coração. Prefiro ficar com fome o dia todo e esperar por chegar a casa para comer. Prefiro não comprar roupas novas, nada de novo. Prefiro tudo isso a ter de pedir dinheiro aos meus pais. Dói-me mesmo. Não sei de onde veio este orgulho todo, dantes não me importava nada, pelo contrário, quase que exigia uma quantia considerável todas as semanas, agora, isso mudou completamente, peço só mesmo o mínimo necessário e indispensável à sobrevivência e é se não conseguir mesmo ganhá-lo de forma autónoma. Eu quero MESMO perseguir a minha independência, quero MESMO deixar de ter a sensação constante de que nada é meu , nada realmente foi ganho por mim, e que tive tanta sorte em muitas coisas por ter os pais que tenho. É como eu digo: eu amo-os, sei que eles me amam a mim, sei que fizeram tudo por amor, sei que continuariam a fazer, sei que poderia ficar a viver com a minha mãe até aos 30 e ela nunca se iria importar, pelo contrário, mimava-me. Mas é isto que eu não quero.  É esta liberdade física, financeira, e emocional, que eu quero, cada vez mais, perseguir e alcançar num prazo máximo de 2 anos.

Se me vou dar bem? Não sei. Posso dar-me mal e chegar ao fim do mês sem ter dinheiro para pagar a conta do gás. Mas não é esse o preço da liberdade? Prefiro ser pobre, ter condições mínimas para viver, ter muito pouco,mas o pouco que tiver, ser meu e ter sido eu a ganhar e a construir, em vez de ter tudo e esse tudo ter sido dado. Como tenho agora, aliás: uma casa fantástica com um andar inteiro só para mim, todas as contas pagas ao fim do mês e de vez em quando umas prendinhas monetárias dos meus pais, mas que no fundo nada é meu. Sim, claro, vou aproveitar as regalias enquanto posso, enquanto estou a estudar, pelo menos na Licenciatura, tenho aproveitado porque sei que um dia farei o mesmo com os meus filhos, mas também sei que um dia eles irão querer libertar-se, e é isso que está a acontecer comigo agora.: eu quero libertar-me porque todas estas regalias, que tenho sempre tido, fazem-me sentir dependente e, de certa forma, até um pouco aproveitadora.

Eu quero mais e mais e mais, a cada dia que passa, ir, sair, explorar, sair debaixo das asas dos meus pais, correr atrás da minha independência, bater com a cabeça no chão, cometer erros estúpidos, arrepender-me, cair, levantar-me de novo, tornar-me numa pessoa mais adulta e melhor.
Quero poder mostrar aos meus pais como me tornei uma pessoa independente, como eles podem contar comigo e com a minha ajuda em vez de ser sempre ao contrário, mostrar que está na hora de retribuir tudo o que fizeram por mim.

Esta foi uma das principais realizações desde que voltei a Portugal. Nunca tinha pensado desta forma, comecei agora. Considero uma mudança positiva, uma mudança de pessoa que se transformou e cresceu, e ainda quer crescer mais.

É como digo: ter voltado não tem de ser necessariamente mau. Claro que toda a novidade e loucura da vida Erasmus acabou, claro que agora a minha vida é normal, mas permitiu-me reflectir acerca de como quero que ela seja daqui para a frente. E, ao contrário do que aconteceu imediatamente a voltar, agora, sim, tenho umas ideias bem mais claras e até planos de acção bem definidos. Mas, o mais importante, estou cheinha de vontade e motivação  dentro de mim. Estou muito mais focada e empenhada em "moving forward" do que alguma vez estive.

Estas mudanças de forma de pensar manifestam-se em muitos outros aspectos, sobre os quais vou escrevendo, mas neste caso específico eu, pela primeira vez, estou seriamente a considerar "sair de casa". Ou "sair da casca".

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Experiências que mudaram a minha vida #4

I feel so in contact with myself. My senses are so keen, like rubbing my hands against each other or even feeling the pen slide on this piece of paper while I write, or feeling my heart beating and every inch of my body so full of LIFE, is everything such a new and pleasant experience. I, now, love to be myself, love to have my spirit on my body, just like it is.

"And it's just piece, like a zero-zero-zero coordinate, balance, just feel the balance, of the natural state we're in, that has such a happy connotation."

Escrito algures no Jardim da Estrela, a 19/11/12

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Experiências que mudaram a minha vida #3

"Ontem à noite fui ver INNI, Sigur Ros, uma espécie de documentário/gravações de concertos que eles deram e da história deles enquanto banda. Escusado será dizer o quão LINDO foi... :) Arrepiei-me toda SÓ com isto, nem quero imaginar como será quando finalmente tiver a oportunidade de os ver ao vivo, mesmo a sério. Acredito que essa oportunidade algum dia virá :D 

Mas o que queria partilhar, aqui, acerca deste momento, foi mesmo o pensamento que tive enquanto estava na fila à espera para entrar. As portas nunca mais abriam, e estava um frio de gelar. 10 minutos, 20 minutos, 30 minutos... Nem parecia que estava na Holanda, mas sim em Portugal! ahah. Uma rapariga foi à porta, falou com alguém e voltou para trás muito contente e a dizer "goed, goed" (significa "good, good"). Automaticamente a minha interpretação para o que ela disse foi que estavam quase a abrir as portas. Mas não. Mais 10 ou 15 minutos se passaram... Foi então que tive o pensamento: e se a minha interpretação da reacção da rapariga tivesse sido errada? E se ela estava, apenas, feliz por outra coisa qualquer? Pode ter recebido uma chamada telefónica animadora, pode ter recebido uma chamada de um amigo que estava a chegar, uma surpresa agradável... qualquer coisa podia ser. Ao mesmo tempo, atrás de mim, estava um grupo de pessoas a falar muito animadamente, sobre viagens e tudo o mais; pelo que percebi, 2 holandeses, um alemão e alguém que ia viajar para Nova Iorque na próxima semana... Como é irresistível, estar numa fila sozinha (sim, fui sozinha, queria mesmo ver este film screening), com pessoas a falar sobre viagens e histórias interessantes em inglês, uma pessoa acaba sempre por ouvir; fiz as minhas interpretações, imaginei imediatamente histórias, memórias, imagens daquelas pessoas em sítios completamente diferentes... E agora, ali estavam, na mesma situação que eu, à espera que as portas abrissem. O que me levou ao meu segundo pensamento, o qual levou algum tempo a processar mas que me levou à seguinte conclusão: a cada segundo, milhares de vidas, histórias e memórias se cruzam... O que, por sua vez, leva a interpretações cruzadas... Eu interpreto as acções e palavras dos que me rodeiam, sejam conhecidos ou não, seja na universidade, no café, no tram, numa discoteca, num grupo de amigos, de uma forma muito única e minha, tal como toda a gente... Fiquei presa nesse pensamento durante toda a noite. Mais tarde, na coffeeshop onde me encontrei com a Andreia, o Marcel e a Laila, contei-lhes sobre o meu pensamento e mais tarde, já no tram de volta para o campus com o Marcel, contei-lhe sobre o meu pensamento, e fomos ainda mais fundo no assunto. Matematicamente falando, disse eu, o número de interpretações cruzadas e consequentes "conexões únicas" possíveis é quase infinito... para obter um número mais exacto, todas as pessoas do mundo tinham de se cruzar pelo menos uma vez na vida, com outra pessoa no mundo, o que seria qualquer coisa como 7 biliões de pessoas "elevado" a 7 biliões de pessoas. Mas isso é impossível, considerando que a cada segundo uma pessoa morre e outra nasce. Uma pessoa única desaparece, dando lugar a um pessoa também única. O que leva a que o número de conexões possível seja quase infinito... O que nos levou a conceitos ainda mais profundos, acerca de como tudo se repete, e tudo se transforma, nada desaparece nem nada se cria, o que, por esta lógica, leva ao pensamento de que uma pessoa que nasce a cada segundo não é mais do que a repetição de outra que pode já ter vivido milhares de anos atrás, e se considerarmos, então, que não sabemos quando ou onde o TEMPO começou, e se considerarmos que a visão científica do início do mundo parte do princípio que somos os primeiros seres humanos na terra, e considerando que o mais provável é mesmo que isso não seja verdade, mas sim que a terra já se tenha repetido em si mesma tantas vezes quantas nunca poderemos saber, partindo deste princípio da repetição, então o número de cruzamentos possível acabaria por ter um fim e, em si mesmo, repetir-se de novo." Tudo isto com "Sigur Ros on my mind"... transcendi-me.

Vivido e escrito algures em 2011

domingo, 4 de novembro de 2012

Experiências que mudaram a minha vida #2

"Descobri que o céu pode ser um local na terra. Foi uma experiência tão intensa e maravilhosa. Os pequenos animais, lagartos, plantas, flores, a crescer a partir do chão em direcção a mim, como se eu pudesse andar entre eles... as cores dos cartazes e postais na minha parede, com a luz das velas na fita-cola, dava a sensação que um lençol de água, uma cascata colorida e calma, caía pela parede, era tão bonito, tão tão LINDO, apetecia-me tocar, fundir-me na parede, abraçá-la para sempre, sentir a água nas minhas mãos. Poderia ter ficado a olhar para aquele espectáculo, para sempre. Encontrar padrões de imagens, sons, cores, que nunca tinha encontrado antes. Encontrar coisas surpreendentes num quarto onde vivo há quase 3 meses. Não foi assustador como eu pensava que seria, pelo contrário, foi FASCINANTE. As cores eram tão vívidas, conseguia distinguir as mais pequenas nuances, as mais pequenas diferenças de contornos, quase parecia ser um desenho animado com umas cores muito fortes mesmo; as sombras eram mais evidentes, conseguia ver o degrade da intensidade das sombras, o seu gradiente, na perfeição; os sons eram tão intensos, as músicas eram tão bonitas e felizes, de uma felicidade que tocava na tristeza, e uma espécie de tristeza que se confundia com a mais pura das felicidades. Fez-me chorar. Chorar de tanta felicidade junta. E é tudo tão bonito e intenso… tão engraçado – rir durante meia-hora seguida é perfeitamente possível! – que só apetece sentar e ficar a olhar para toda aquela beleza à minha volta, só rodar a cabeça e ver coisas diferentes, mágicas, até pozinhos coloridos no ar eu conseguia ver. Andar também era uma experiência engraçada, como se tivesse molas nos pés e nos joelhos, e conseguisse andar como num trampolim. Andava como se de um trampolim o chão se tratasse (sem que nunca aqueles padrões do chão desaparecessem) a tocar as paredes, a vê-las a mover de uma forma fascinante, a tocar em todos os efeitos visuais, a tentar senti-los com as pontas dos dedos, com o meu corpo todo. E é tudo tão maravilhoso que dá a sensação que estou em todo o lado deste maravilhoso mundo. Como se o meu corpo se tivesse tornado em pó e fosse com o vento para todos os locais deste lindo planeta. É como olhar o mundo com olhos diferentes. Aliás, não apenas olhar, mas sim ver. Cada pormenor é tão bonito e intenso e perfeito. Perguntas-te porque é que nunca antes tinhas visto o mundo assim, por que razão não o podes ver sempre assim, porque é que esta não pode ser a tua realidade constante, e porque é que, alguma vez na tua vida, te sentiste miserável, como é possível, se neste momento estás tão feliz, de uma forma tão esmagadora que cansa. Se neste momento, tão pequenino e tão eterno como é cada segundo que passa, é tão bonito e tu nada mais queres senão apreciá-los na sua essência, pelo que são, naquele momento, naquele local, naquela circunstância, cada detalhe que encontras é tão bonito, é como descobrir todo um novo mundo pela primeira vez, qual bebé que nem uma esponja. A beleza é tão imensa e esmagadora, ao ponto de te fazer respirar mais rápido e mais fundo, sentires o bater do teu coração e até tornares-te consciente do teu próprio corpo, para teres a certeza que estás tão VIVO como sentes que estás, para teres a certeza que estás mesmo aqui a presenciar isto tudo, que não é um sonho e que não, não estás nas nuvens como crês estar. Rapidamente, porém, te apercebes que este corpo, esta respiração, este bater de coração, não é mais teu. Ele pertence agora ao universo, à terra, estás perfeitamente conectado com tudo o que te rodeia, o teu ego desapareceu, não há uma noção definida do “eu” ou de um “aqui” e muito menos de um “agora”. Tudo de repente se torna num Uno perfeito. Um nível totalmente diferente de consciência. No fim, quando os efeitos visuais passam, notas o extremo cansaço e exaustão de te teres rido tanto, chorado tanto, amado tanto, descoberto tanto, VIVIDO tanto e tão intensamente durante 4 ou 5 horas, e começas a entrar na fase mais filosófica; já não vês lagartos e flores a crescer do chão, mas começas mais a pensar no significado profundo que tem tudo o que viste. E então tens a certeza que a tua vida e a tua perspectiva sobre as coisas mudou. Para sempre. Hoje acordei no quarto das maravilhas… tenho a sensação de que tudo foi apenas um sonho maravilhoso, apesar de real. Tenho a sensação de que, se perguntar às pessoas que partilharam esta experiência comigo, elas vão dizer que eu sonhei tudo. Porque agora eu olho para o chão, e já não consigo mais ver a diferença do gradiente de cores; as paredes já não mexem; já não há cascatas coloridas a cair dos posters na parede. No entanto, sinto que nunca mais vou esquecer esta experiência. Foi uma das experiências mais fantásticas pelas quais já passei." Algures em 2011

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Eu amo...

...... o conhecido e o anónimo, o singularmente comum, o mais comum do essencial, o mais louco do desconhecido.