E aqui estou eu. Novamente, nesta
folha branca. O meu espaço de conforto. O meu espaço de maior expressão. Este
espaço que deixa de ser branco para ficar tão poluído, tão absorvente de tudo e
de nada, à medida que o corpo grita “preciso”. Preciso disto.
O sonho
A premonição.
Aquilo que o corpo grita.
Aquilo que realmente posso fazer com isso.
A mudança
O medo dela.
O questionamento.
O arriscar.
A liberdade que grita ser possível.
As amarras que insistem em exercer a sua força.
As amarras.
Os contrastes
As inconsistências.
A ilusão de “é injusto”.
A ilusão de “é o karma”.
O merecimento.
Os conceitos
As obrigações.
A troca de tempo para sobreviver.
Mas uma espécie de sobreviver que não é mais do que
sobreviver em troca de morrer
Hora a após hora, dia após dia, semana após semana,
Quantificáveis em vida, em existência, em manutenção.
O tempo
Quanto custa uma hora da minha vida?
É de alguma forma mensurável?
É de alguma forma, uma hora da minha vida merecedora de uma
hora do meu declínio?
E o tempo para simplesmente ser?
É este. Este é o meu tempo de ser. Este é o meu espaço para estar.