quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Viagem do Elefante, José Saramago IV - Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam.



Certos mistérios da natureza parecem à primeira vista impenetráveis e a prudência talvez aconselhe a deixá-los assim, não seja que de um conhecimento adquirido em bruto acabe por nos vir mais mal que bem. Veja-se, por exemplo, o resultado de ter comido adão no paraíso o que parecia uma vulgar maçã. Pode ser que o fruto proibido tenha sido obra deliciosa de deus, embora haja quem afirme que foi, sim, uma talhada de melancia, porém, as sementes, em qualquer caso, essas, foram lá postas pelo diabo. Ainda por cima, negras.

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