Uma pessoa pode ser abraçada por um elefante, mas não há maneira nenhuma de imaginar o gesto contrário correspondente. E quanto aos apertos de mãos, esses, seriam simplesmente impossíveis, cinco insignificantes dedos humanos jamais poderão abarcar uma patorra grossa como um tronco de árvore.
(…) E não tenham medo, salomão está triste, mas não está zangado, tinha-se habituado a vocês e agora descobriu que se vão embora, E como o soube ele, Essa é uma daquelas coisas que nem vale a pena perguntar, se o interrogássemos directamente, o mais certo seria não nos responder, Por não saber ou por não querer, Creio que na cabeça de salomão o não querer e o não saber se confundem numa grande interrogação sobre o mundo em que o puseram a viver, aliás, penso que nessa interrogação nos encontramos todos, nós e os elefantes.
Pela primeira vez na história da humanidade, um animal despediu-se, em sentido próprio, de alguns seres humanos, como se lhes devesse amizade e respeito, o que os preceitos morais dos nossos códigos de comportamento estão longe de confirmar, mas que talvez se encontrem inscritos em letras de outro nas leis fundamentais da espécie elefantina.
2 comentários:
Tambem, tal como este elefante, todos nos um dia deixamos de ter as nossas "patas dianteiras"
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